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O veterano Diego Lugano está preocupado com o condicionamento físico do São Paulo. Ainda mais após um jogo em que notou sinais de desordem tática e desgaste da equipe, a derrota por 4 a 1 para o Grêmio Osasco Audax, e antes de enfrentar o boliviano The Strongest na altitude de La Paz.
“Precisaremos fazer algumas coisas que não fizemos ontem, como ter uma organização impecável. Se o time correr errado em La Paz, não tem chance nenhuma”, alertou Lugano, nesta segunda-feira, dia seguinte à frustrante eliminação no Campeonato Paulista.
Com os mesmos 8 pontos ganhos pelo River Plate (que receberá o já eliminado Trujillanos, da Venezuela, na última rodada), o São Paulo tem um de vantagem sobre o The Strongest na tabela de classificação do grupo 1 da Libertadores. Ou seja, poderá avançar ao mata-mata continental com um empate em La Paz na noite de quinta-feira.
Para Lugano, a situação “obviamente” não é tão simples. O que mais inquieta o zagueiro uruguaio são justamente os efeitos da altitude, que se acostumou a enfrentar pelos clubes sul-americanos que defendeu ao longo da carreira e por sua seleção.
“Teremos que ser mais precisos com a bola nos pés, sabendo quando acelerar o jogo. É uma partida que se joga mais com a cabeça. Lá, a bola tem outra velocidade. Segundo os últimos dados científicos, os jogadores correm 25% a menos em La Paz. Com isso, você precisa fazer um jogo impecável para sair com a vitória”, observou.
Apesar do discurso cauteloso e do semblante abatido pelo recente fracasso diante do Audax, Lugano também tentou transparecer confiança. O uruguaio se apegou à tradição do São Paulo para acreditar que poderá correr certo na quinta-feira, em direção à classificação na Libertadores.
“O São Paulo não se inferioriza ao The Strongest de jeito nenhum. Sabemos das qualidades, sobretudo em La Paz, mas já vencemos e empatamos lá anos atrás. Uma vitória representaria uma volta por cima muito importante para nós”, conscientizou-se Diego Lugano.