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Dentre todos os jogadores do São Paulo, talvez o mais afetado pelos 3.600m de altitude de La Paz seja o goleiro Denis, mas ele não parece “demonizar” a situação de jogo. Titular absoluto desde a aposentadoria de Rogério Ceni, mas sofrendo diversas críticas da torcida, o jogador vai atuar pela primeira vez sob os efeitos da altura na noite desta quinta-feira, às 21h45 (de Brasília), contra o The Strongest, pela Copa Libertadores.
De acordo com o arqueiro, apesar de a bola ficar “mais rápida” devido ao ar rarefeito da capital boliviana, que impõe menos resistência à trajetória do objeto essencial do futebol, nada que ele terá pela frente no duelo vai ser decisivo no resultado final da partida.
“O time treinou com três volantes para tentar proteger ali a entrada da área. Não sabemos ainda como será a forma definitiva, mas a altitude é realmente uma coisa que nos preocupa. Acredito que, da forma que for, vamos fazer o nosso melhor, buscar a classificação e a vitória”, afirmou o capitão da equipe.
Na sua avaliação, a melhor estratégia possível era mesmo a de viajar para Santa Cruz de la Sierra e lá ficar até pouco antes do jogo, chegando a La Paz apenas para os trâmites oficiais da partida. Para ele, o tradicional reconhecimento de gramado não será necessário para a adaptação no estádio Hernando Silles.
“Não atrapalha (não fazer treino de reconhecimento), o clube definiu treinar aqui, chegar na altitude só na hora do jogo. Acredita que seja o melhor para nós”, declarou o são-paulino, que sofreu quatro gols no último final de semana, três originados após chutes de fora da área.
A estratégia, aliás, é muito utilizada pelos bolivianos para surpreender os goleiros visitantes. Em 2013, por exemplo, na derrota por 2 a 1 da equipe, Ceni acabou superado em dois remates de longa distância, o segundo deles com colaboração do ídolo. “Estamos trabalhando para evitar isso, com duas linhas, jogando mais fechado para que os chutes não aconteçam”, declarou Denis.