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Pedro Cuenca
Sempre gostei de assistir as categorias de base, principalmente os jogos do São Paulo. João Schmidt foi um dos poucos jogadores que me chamou a atenção de cara, assim como Lucas (então, Marcelinho), Rodrigo Caio e, mais recentemente, David Neres. O volante, porém, nunca teve chances de mostrar seu bom futebol.
Pouco conhecido de boa parte da torcida tricolor, voltou em 2015 depois de boa passagem pelo futebol português. Com poucas oportunidades, esteve perto de ser emprestado para o Avaí.
Sem chamar a atenção de muita gente, ficou no Morumbi, virou titular e uma importante peça na reação do time na Libertadores. Suspenso, além de machucado, vai fazer muita falta na decisão contra o The Strongest.
Apesar de só ter feito dois jogos na Libertadores, o volante tem 100% de aproveitamento na competição, incluindo o duro jogo contra o River Plate. A média de aproveitamento sem ele, por exemplo, é se apenas 25%.
“Ah, mas isso não conta muito”, vocês podem dizer. Será que não? Vamos analisar outros números, sempre contando a Libertadores deste ano.
Sem João Schmidt em campo, o São Paulo sofre uma média de 0,8 gols por partida e marca 0,8. Com o volante, a média de gols sofridos é de apenas 0,5 por jogo e a de gols feitos sobe para 4 por jogo. Os dados são da Footstats.
No fim, o experimento de Bauza para o jogo contra o Trujillanos funcionou muito bem e o time poderá sentir sua falta na complicada sequência de jogos que terá pela frente. Schmidt fez um gol contra o time venezuelano após boa troca de passes e ótima chegada na área. Contra o River Plate, mostrou uma raça absurda e foi quase perfeito no jogo, principalmente na marcação. A expulsão acabou atrapalhando sua atuação, mas não diminui sua importância na equipe.
Olhar com carinho para nossos meninos da base e desenvolvê-los corretamente mostra que o Tricolor poderá colher frutos no futuro. E que a raça de João Schmidt esteja em todos os jogadores na partida desta quinta (21), contra o The Strongest.
Nós vamos precisar muito, muito mesmo.
