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Leonardo Lourenço
Tema volta à pauta do órgão após ter sido barrado em janeiro, quando pacote de mudanças do estatuto foi rejeitado pelos sócios do clube.
Os conselheiros do São Paulo votarão, nesta segunda-feira, pela segunda vez em menos de um ano, uma proposta de alteração no estatuto do clube para permitir que os presidentes da diretoria e do Conselho Deliberativo tenham direito a tentar uma reeleição.
A medida já fez parte de um pacote de alterações proposto no fim de 2021 que passou pelo Conselho, mas foi barrado em janeiro em assembleia de sócios.
Julio Casares, presidente do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
Daquela vez, o projeto era de reforma mais ampla do estatuto e incluía outras mudanças relevantes, como uma diminuição do número de conselheiros e a ampliação do mandato destes de três para seis anos. Nada foi aprovado.
Agora, pouco mais de um ano antes da próxima eleição no clube, a estratégia é diferente: apenas a proposta de reeleição está em pauta, nada mais. O entendimento entre os que apoiam a ideia é de que a medida, que teria aceitação no clube, foi prejudicada em janeiro por mudanças com maior rejeição.
A expectativa é de que a alteração que permite a reeleição seja aprovada com folga no Conselho – ela foi apresentada por um grupo de 98 conselheiros e precisa de maioria simples entre os 260 conselheiros para avançar. Superada essa fase, ela ainda deverá ser votada pelos sócios.
A reeleição conta com o apoio do atual presidente do clube, Julio Casares, que dessa vez tem sido mais claro do que há um ano, quando tentou se manter mais distante da decisão do Conselho.
Ao ge, na semana passada, Casares defendeu a alteração e indicou que pretende se candidatar novamente se isso for permitido.
– O direito de reeleição é você ser avaliado. Acho que a reeleição, nesse sentido, precisa estabelecer um período mais longo para que você consiga criar pontes de reconstrução, que é o que o São Paulo está fazendo – disse ele.
Entre torcedores, há grupos insatisfeitos. Alguns planejam ir ao Morumbi nesta noite para protestar.
Lideranças da principal torcida organizada do São Paulo também patrocinam um abaixo-assinado em que pedem o fim dos conselheiros vitalícios e admitem a reeleição, mas cobram que as eleições sejam diretas – hoje, os sócios votam em chapas para formação do Conselho, mas são os conselheiros que elegem o presidente do clube.
Espera-se que o resultado da votação da proposta no Conselho seja conhecido ainda na noite desta segunda-feira.
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