10 frases de Telê Santana explicam a falta que ele fez nos últimos 10 anos

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Há exatos 10 anos, o futebol perdia Telê Santana, ídolo do São Paulo e mestre do futebol bem jogado pela seleção brasileira na Copa de 1982. Além de seus títulos e sua contribuição para o esporte, Telê também será lembrado por suas frases marcantes. Algumas delas ajudam a resumir sua própria trajetória:

1. “Eu gosto de futebol. Se tiver uma pelada na rua, eu paro para ver”

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Foi com muita vontade e correria dentro de campo que o então jogador do Fluminense virou xodó da torcida na década de 50 e ganhou o apelido “Fio de Esperança”, por ser um jogador franzino, mas que não se entregava. Foi um dos primeiros atacantes a perceber a importância de ajudar os meias na marcação.

 

2. “Atingir a perfeição é impossível. Mas aproximar-se cada vez mais dela, não”

A carreira de treinador decolou depois do bom trabalho no Palmeiras, em 1979, que o levou à seleção. Como comandante, seu mantra era a busca pela perfeição, através da repetição incansável de jogadas e fundamentos técnicos.

 

3. “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente”

Telê queria que seus times jogassem com simplicidade e objetividade, em direção ao gol e sem prender a bola. Foi assim que a seleção brasileira encantou o mundo na Copa de 1982, contando ainda com o talento de Zico, Sócrates, Falcão e companhia.

 

4. “Se jogador do meu time faz falta por trás, ou entra para quebrar o adversário, o juiz nem precisa expulsar. Eu mesmo tiro de campo”

Telê conversava muito com os jogadores, mas também era exigente e até autoritário. Como na história contada pelo ex-lateral Josimar na Copa de 1986: as cobranças do técnico chegaram a virar bullying, mas deram resultado.

 

5. “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo”

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E ele perdeu. Duas vezes. As derrotas nas Copas de 1982 e 1986 renderam a Telê Santana a fama de “pé-frio”, apesar da capacidade de fazer seus times jogarem bonito. Mas os grandes títulos ainda estavam por vir…

 

6. “Fizemos o que deveria ser feito, e desejo sinceramente que, de agora em diante, com a ajuda de técnicos, dirigentes, jogadores, imprensa e torcida, façamos sempre a bola correr dentro de campo”

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Declaração de Telê Santana à revista Placar depois da eliminação da Copa de 1982, resumindo seus primeiros dois anos de trabalho na seleção brasileira.

 

7. “Já não tenho amor pelo futebol. Só volto a ser técnico se precisar de dinheiro”.

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Desabafo de Telê depois da derrota nos pênaltis para a França na Copa de 1986. Irritado com críticas da imprensa, disse ainda que o futebol era um meio “nojento”.

 

8. “O futebol é minha vida e não consigo me afastar dele. Sou um fanático”

A decepção de 1986 não o afastou do futebol por muito tempo. Um ano depois, assumiu o comando do Atlético-MG. Em 1990, chegaria ao São Paulo, onde viveu a fase mais vitoriosa da carreira, marcada pelo bicampeonato mundial.

 

9. “Malandro é o cara que age direito”

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Para Cafu, esta foi a frase mais marcante que ouviu de Telê Santana em sua era vitoriosa no São Paulo. Naquela época, o mestre foi responsável por moldar jogadores como Raí, Müller e o próprio Cafu.

 

10. “Com a doença, fiquei mais compreensivo, mais calmo, menos exigente. Mas continuo ranzinza.”

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Sua trajetória no São Paulo foi encerrada em 1996, quando sofreu uma isquemia cerebral e foi obrigado a se afastar do trabalho. Em 2003, por causa da doença, chegou a ter parte da perna esquerda amputada. Antes de partir, pôde acompanhar de casa à nova consagração do São Paulo no Mundial de Clubes, em 2005.