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Eduardo Rodrigues
Tricolor empata clássico contra o Corinthians com time repleto de reservas; quinta, equipe enfrenta o Flamengo na semifinal do torneio mata-mata.
O técnico Rogério Ceni arriscou contra o Corinthians e levou a campo um São Paulo repleto de reservas e com a improvisação do zagueiro Luizão como lateral-esquerdo. A estratégia era descansar os titulares para o confronto de quarta-feira, diante do Flamengo, pela semifinal da Copa do Brasil.
Uma estratégia ousada, mas que no fim das contas deu certo. O São Paulo buscou o empate, não desgastou seus principais jogadores e vai fortalecido e confiante de que garantir uma vaga na final da Copa do Brasil não é uma utopia.
Melhores momentos: São Paulo 1 x 1 Corinthians pela 26ª rodada do Brasileirão 2022
Para avançar à decisão, a equipe tem uma difícil missão: vencer o Flamengo por dois gols de diferença para levar para os pênaltis ou mais de dois para passar de forma direta. Tudo isso em um Maracanã lotado contra um rival embalado.
Mas os dois últimos jogos do Tricolor fazem essa diferença diminuir (pelo menos no sentimento). A equipe de Rogério Ceni vem de uma semana em que praticamente tudo deu certo. Na última quinta, avançou à final da Sul-Americana com uma sinergia notável entre torcida e time. No domingo, empatou um clássico só com reservas.
Fagner e Patrick se estranham em São Paulo x Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
Tudo isso faz o clube viajar ao Rio de Janeiro com uma mentalidade diferente. Se a derrota de 3 a 1 para o Flamengo inicialmente foi vista como terra arrasada, os quase 20 dias que separaram uma partida da outra fizeram tudo mudar.
– Tem que ser (uma partida) perfeita, e mesmo perfeita você não tem a garantia de que você vai sair. Mas você tem a oportunidade, então não vamos jogar fora essa oportunidade. Temos mais 90 minutos. Se eu não mostrar que é possível, como eles vão acreditar? Sei que é difícil, o melhor time, sem problema. Mas não vou me acovardar. Temos que fazer nosso melhor. Colocar força total contra o Corinthians teria sido o maior erro – afirmou Ceni.
Na quarta-feira, Ceni terá à disposição praticamente todos os principais jogadores do elenco. A grande baixa é Gabriel Neves, que sofreu uma lesão no joelho e pode ficar mais de um mês fora de combate.
E no Brasileirão?
A estratégia também não comprometeu tanto no Campeonato Brasileiro. No fim das contas, o empate foi de bom tamanho pelo time desentrosado que entrou em campo e com as ameaças do Corinthians durante todo o segundo tempo.
Rógerio Ceni, técnico do São Paulo, antes do Majestoso — Foto: Marcos Ribolli
O resultado fez o São Paulo subir para a 13ª colocação do Brasileirão, com 31 pontos, e manter os cinco pontos de distância para a zona de rebaixamento. O sinal de alerta, porém, continua ligado.
Os olhares ainda seguem para a parte da tabela. Somar 46 pontos é a ordem neste momento. Para isso, são necessários 15 pontos (ou cinco vitórias) nos 12 jogos (ou 36 pontos) restantes na competição.
Parece tranquilo, mas o problema é que o São Paulo é um dos times que menos venceram no Brasileirão. São apenas seis vitórias em 26 jogos disputados. Os 13 empates colocam o time como o líder no quesito.
O time tem que focar nas Copas, principalmente na final da Sul-Americana, mas de forma alguma pode deixar de lado os pontos corridos. Ceni sabe como ninguém como a competição é traiçoeira e pode pregar surpresas.
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