Em busca do “melhor jogo possível”, Ceni cita pontos que São Paulo precisa melhorar para final

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GazetaEsportiva

O São Paulo goleou o Avaí por 4 a 0 neste domingo, no Morumbi, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida foi o último teste do clube antes da grande final da Sul-Americana, marcada para o próximo sábado, contra do Independiente del Valle. Na visão do técnico Rogério Ceni, o embate desta noite anima psicologicamente e também serve para a equipe aprender com alguns erros.

“Psicologicamente é importante a vitória, apesar de algumas falhas e erros em construções de jogo. Mas é importante a referência desse setor para trabalharmos em cima, trabalhar em cima das características do del Valle. Vai ser uma semana importante de treinamentos. Trabalhar com vitória é sempre mais prazeroso. Ir a 37 pontos neste momento nos tira de uma zona desconfortável. Conseguimos nos concentrar única e exclusivamente na sul americana. É tentar fazer o melhor jogo possível”, disse.

“É uma decisão difícil. O forte do del Valle é o conjunto, a saída com três zagueiros. É um time que se você encaixar errado a marcação ou deixar muita sobra atrás, você vai sofrer muito com a posse de bola. Temos que melhorar coisas, como diminuir o número de chutões, como fizemos hoje. Ganhando de 3 a 0 do Avaí, temos que encontrar maneiras de sair jogando. São coisas que precisamos treinar. Não podemos entregar a bola para os adversários. Vamos encontrar um time de construção, que não tem medo e arrisca muito. Temos que estar com a marcação bem ajustada”, completou.

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O treinador ainda celebrou a chance de mandar a campo alguns reservas, para que eles ganhem minutos e confiança para a decisão. Recuperado de uma cirurgia no adutor esquerdo, o volante Luan voltou a atuar depois de quase três meses parado. O camisa 8 entrou no decorrer do segundo tempo.

“Foi bom ver o Luan voltando para ver que condições ele estava. É bom ver o Eder fazer gol de novo, ganha confiança. É bom ver o Igor Gomes entrar, dar uma assistência contra o Ceará e uma hoje”, analisou.

A tendência, no entanto, é que Ceni não faça grandes mudanças na escalação titular na partida contra os equatorianos. As principais dúvidas, no momento, são as laterais.

“Temos um padrão de jogo, temos sempre a opção dos três zagueiros ou linha de quatro. Fora isso, pouca coisa se mexeu. Jogamos com Luciano e Calleri, Patrick e Calleri ou os três juntos. Vamos experimentando. Temos Welington e Reinaldo na esquerda, Rafinha e Igor Vinícius na direita, dois ou três zagueiros… enfim, vamos tentando alternativas para saber o que fazer no sábado. Não temos muitos segredos. Já estudei bastante e vamos colocar em prática nesta semana”, revelou.

Por fim, o técnico lamentou não poder jogar a final no Morumbi lotado e pediu para que os jogadores entrem em campo em Córdoba com o apoio dos torcedores na memória. Mais de 36 mil pessoas estiveram presentes na vitória de 4 a 0 sobre o Avaí neste domingo.

“Não teremos essa atmosfera, que é importante para nós. Por mais que tenham torcedores são-paulinos, sabemos que não vai ocupar mais que 20/30%. É impossível. Mas, temos que levar na memória todo esse carinho dos torcedores e fazer, dentro de campo, essa mesma sinergia que temos no Morumbi. É o maior presente que eles podem receber nos últimos 10 anos. É uma grande responsabilidade, mas um enorme prazer”, finalizou.

A delegação viaja na quarta-feira para Córdoba, na Argentina. A decisão da Sul-Americana está marcada para sábado, às 17 horas (de Brasília), no Estádio Mario Alberto Kempes.

Já o próximo desafio do São Paulo pelo Brasileirão será em 3 de outubro, segunda-feira, contra o Coritiba, no Morumbi.

Com o resultado desta noite, o Tricolor Paulista ainda se aproximou um pouco mais do G6 da liga. O time de Rogério Ceni subiu para a 10ª colocação, com 37 pontos, sete a menos que o Athletico-PR, que abre a zona de classificação à Libertadores de 2023.

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