UOL
O São Paulo goleou ontem (25) o Avaí por 4 a 0 pelo Brasileirão, no último jogo antes de jogar a final da Copa Sul-Americana contra o Independiente Del Valle, jogo que acontece no sábado (1), em Córdoba, com o time de Rogério Ceni buscando um título internacional que não consegue há dez anos. Para Arnaldo Ribeiro, mais do que o placar elástico no Morumbi, o Tricolor demonstrou evolução em todos os aspectos antes da decisão.
No Posse de Bola, ao lado de Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira, Arnaldo destaca como o time chegou a duas vitórias seguidas pelo Brasileirão, o que não conseguia há mais de um ano, além de encontrar uma formação ideal com o tempo que teve para treinar, chegando na melhor condição possível para a final.
“Ter duas vitórias consecutivas nesse momento da temporada, depois de ter se classificado contra o Atlético-GO e ter encontrado um novo time, esse time mais ofensivo com Luciano, Calleri e Patrick, ainda mais o Alisson, é uma notícia para esse momento. Tem uma outra coisa nesse jogo que foi também esperada, que era uma maior vitalidade do time na sua primeira semana de intervalo desde maio”, diz Arnaldo.
“O São Paulo melhorou em detalhes, bola parada, condição física de alguns jogadores, os mais veteranos sobretudo, e isso pode fazer diferença numa final em relação a um time mais jovem, tem mais vitalidade, jogou menos na temporada, mas que é um time que não tem o peso, o peso que o Rogério está dando a essa conquista, alguns jogadores estão dando, o torcedor está dando, é o jogo mais importante da década. O São Paulo nas últimas semanas evoluiu em todos os aspectos, físico, mental, de confiança”, completa.
Para Mauro Cezar Pereira, a final da Copa Sul-Americana tem muito peso para o São Paulo, mais inclusive do que o título que o clube conquistou em 2012, considerando o período sem grandes títulos e diante de um adversário que foi mais vencedor justamente no momento de seca do Tricolor.
“Para mim é o mais importante desde aquela conquista do tri brasileiro em 2008. Em 2012, quando ganhou a Sul-Americana, o título não tinha o mesmo peso para o São Paulo, o jogo não terminou, foi tudo muito confuso, então acho que esse jogo de fato é muito pesado. Nesse intervalo de uma década ou menos até, o Del Valle fez uma final de Libertadores, o São Paulo não fez, e ganhou uma Sul-Americana, o São Paulo não ganhou depois de 2012, então o Del Valle tem mais casca recente do que o São Paulo, é bizarro isso”.
Arnaldo Ribeiro: Seleção é para técnico em fim de carreira.
Com a definição de que Tite não continuará na seleção brasileira após a Copa do Mundo, a pergunta que se faz é quem poderá substituí-lo para o próximo ciclo, com nomes como os de Fernando Diniz e Abel Ferreira considerados. Para Arnaldo Ribeiro, não faz sentido a nenhum deles ou outro técnico jovem treinar a seleção brasileira.
“Essa sucessão do Tite, Rogério, Diniz, Abel Ferreira, independetemente da nacionalidade, técnico bom, jovem e promissor não tem que ir para seleção nenhuma, seleção é para técnico em fim de carreira, em todo lugar do mundo é assim praticamente. Ou para técnico que não tem aspiração na carreira. Espero que a saída do Tite marque esse novo momento no futebol brasileiro, ou com estrangeiro mais experiente, ou com brasileiro mais experiente, mas parar de o melhor técnico do Brasil assumir a seleção brasileira, isso não faz o menor sentido mais na atual circunstância, como foi o caso quando o Tite assumiu a seleção”.
Arnaldo Ribeiro: Tite vai comprar uma briga grande se barrar o Vinicius Jr.
O técnico Tite esboçou uma mudança na seleção brasileira para o amistoso de amanhã (27) contra a Tunísia, com Vinícius Júnior sacado dos titulares e a formação de um ataque com Neymar, Richarlison e Raphinha. Para Arnaldo Ribeiro, o atacante do Real Madrid atingiu uma condição de ídolo hoje que não justifica a perda da titularidade para a Copa do Mundo.
“O Tite quando for pensar em barrar o Vinícius Júnior para colocar o time que ele considera ideal e o Neymar na posição que ele considera ideal, tem que pensar que estará comprando uma briga grande, não com a torcida do Flamengo apenas, com o país todo, porque o Vinícius Júnior alcançou uma condição de idolatria que agora é irreversível. Não sei se o Tite se deu conta disso, parece que até agora ele não se deu conta, o Vinícius Júnior é tão ídolo como Neymar”.
Mauro Cezar: Cuidados de Abel Ferreira com o Endrick são pertinentes.
O Palmeiras conquistou o título brasileiro sub-20 ao vencer o Corinthians na Neo Química Arena com gol de Endrick, de apenas 16 anos, que é tratado como um fenômeno nas categorias de base do clube alviverde, o que faz com que muitos cobrem por um espaço para ele no profissional, enquanto Abel Ferreira adota a cautela, tendo o levado ao banco de reservas apenas uma vez. Para Mauro Cezar Pereira, o treinador tem razão nos cuidados em relação ao jovem atacante.
“Qual a expectativa em cima do Endrick? É que ele resolva, a imprensa quer que ele resolva, parte da torcida vai querer que ele resolva, então os cuidados que o técnico Abel Ferreira tem no lançamento do Endrick são pertinentes. Ele não é um jogador comum, não é visto como tal. O dia em que entrar em campo, se não fizer uma grande atuação, gols, jogadas decisivas, vai ter gente dizendo que o garoto não é isso tudo, algum fanfarrão vai levantar essa bola mesmo ele sendo um menino de 16 anos apenas. Os cuidados que são tomados com relação a ele fazem sentido”.
O Posse de Bola vai ao ar duas vezes por semana, com a análise dos destaques da rodada do futebol Quando: Toda segunda e sexta-feira, às 9h Onde assistir: Ao vivo na home do UOL, no UOL no Youtube e Facebook do UOL. Você também pode conferir nas plataformas de podcasts. Spotify, Apple Podcasts, e Amazon Music. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
LEIA TAMBÉM:
- “É um maluco maravilhoso”: como Zubeldía superou drama para virar técnico intenso e apaixonado
- “Momento mais difícil do ano”: como a morte de Izquierdo marcou o 2024 do elenco do São Paulo
- São Paulo concede folga ao elenco e dará atenção especial a trio que apresentou desgaste físico
- Relembre o último duelo entre São Paulo e Bragantino no Nabizão
- André Silva é quem precisa de menos tempo para marcar pelo São Paulo no Brasileirão