SãoPaulo.F.C
Érico Leonan
Meio-campista foi a aposta de Patón para decisivo duelo com o The Strongest-BOL, em La Paz
Por Rubens Chiri / saopaulofc.net
Para povoar mais o meio de campo, reforçar a marcação e assim dificultar a organização das jogadas do The Strongest, o técnico Edgardo Bauza apostou na entrada do versátil Wesley na vaga do Maestro Paulo Henrique Ganso e deu cara nova ao setor na noite desta quinta-feira (21), em La Paz, pela rodada de encerramento da fase de grupos da Libertadores da América. A estratégia do experiente treinador funcionou, o Tricolor arrancou o empate por 1 a 1 na altitude e o camisa 11 deixou a Bolívia elogiado.
Com fôlego do começo ao fim do jogo, além de muita entrega na marcação e boas chegadas ao ataque, Wesley agarrou a oportunidade e foi um dos principais são-paulinos em campo. “Foi uma estratégia. Precisávamos jogar com três meio-campistas, porque sabíamos da maneira que joga o The Strongest. Precisávamos de três jogadores para lutar e dificultar a chegada adversária”, explicou o comandante, que acrescentou.
“Michel Bastos e Kelvin tinham que contra-atacar e ajudar os laterais. Tínhamos falado com o Ganso que ele entraria no segundo tempo, como entrou, e felizmente as coisas funcionaram”, acrescentou Patón. Assim como o técnico, Ganso também enalteceu a entrada do companheiro e valorizou a aposta do treinador. “O Patón já tinha conversado, dito que teria uma estratégia diferente. Temos um grupo, e foi uma bela estratégia para conseguir a classificação. A equipe deles se jogou, buscando o gol, mas soubemos suportar. O Wesley entrou bem no time e nos ajudou bastante”, avaliou o camisa 10.
Promover a entrada do Maestro na segunda etapa, aliás, já estava previsto por Bauza. “Na verdade, queria colocá-lo até um pouco mais cedo, mas tive que substituir o Bruno que sentiu os efeitos da altitude. Então segurei um pouco a entrada do Ganso. Quando ele entrou, foi bem e criou boas oportunidades. Foi um jogo em que cada time tratou de ser da sua maneira, da forma que lhe convinha. Eles trataram de pressionar, colocar muita gente perto do nosso gol. Depois do gol, tentamos sair”, opinou o comandante, que emendou.
“Por sorte, conseguimos o empate. No segundo tempo, controlamos. Faltou um pouquinho de ar. Empatamos, classificamos, era o que queríamos”, finalizou. O camisa 10 ainda teve oportunidades para balançar as redes e armou diversos contragolpes são-paulinos. “Pude dar minha parcela de contribuição nessa classificação, que foi com muito sofrimento (risos). Temos um grupo que conta com atletas prontos para jogar e que gostam de decisão. Merecemos a vaga e fomos buscar a classificação”, festejou o meio-campista.
E após uma verdadeira batalha na Bolívia, que contou até com Maicon embaixo das traves e confusão até o apito final, o Tricolor já tem adversário definido na próxima fase: o Toluca, do México, que ficou com a liderança do Grupo 6, com 13 pontos em seis rodadas – o time são-paulino, com o empate diante do The Strongest-BOL, ficou com a segunda colocação da Chave 1, com nove. Os embates com os mexicanos serão disputados nas duas próximas semanas. A partida de ida será disputada no Morumbi, enquanto a volta será no território do adversário.