Análise: derrota no Morumbi aumenta instabilidade e complica São Paulo no Brasileirão

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GazetaEsportiva

O São Paulo perdeu por 1 a 0 para o Botafogo neste domingo, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado veio em um momento péssimo para o clube, que ainda amarga o vice-campeonato da Sul-Americana.

Antes mesmo da partida, a torcida já estava na bronca com o time. A tradicional recepção do ônibus na porta do Morumbi não houve. Apenas alguns são-paulinos acompanharam a chegada da delegação, mas sem grande animação. E a frustração só aumentou com a bola rolando.

A torcida até tentava empurrar, mas o São Paulo não conseguia de jeito algum acertar o pé. Os primeiros 45 minutos só deu Tricolor. A equipe, porém, estava em uma tarde pouco inspirada. A principal aposta eram as jogadas pelas beiradas, mas o último passe não saía com qualidade, facilitando a vida da defesa visitante. Não à toa, os mandantes desceram para o vestiário sem nenhum chute no alvo.

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Na volta do intervalo, o Botafogo assustou duas vezes. Os lances acordaram os tricolores, que logo voltaram a tomar conta da partida. Contudo, mais uma vez, a equipe mostrou pouco repertório. Então, já nos acréscimos, Tiquinho Soares castigou os anfitriões em gol de pênalti e decretou a vitória do Botafogo.

A derrota levou a torcida à loucura na arquibancada. Nos últimos minutos, são-paulinos protestaram com vaias e músicas, como “time sem vergonha” e “muito respeito com a camisa do Tricolor”.

Além de aumentar a crise e insatisfação dos fãs, o revés também complica o São Paulo na luta pela Libertadores. Isso porque o Botafogo é um concorrente direto por uma vaga no G6. Os paulistas caíram para 11º, com 40, oito a menos que o Athletico-PR, que abre a zona de classificação ao torneio continental.

“Você nunca vai para guerra e volta sem ferimentos, tanto quem ganha quanto quem perde. É um momento delicado. Os torcedores queriam ser campeões, nós também. Ninguém faz um planejamento para não ganhar. Isso pesou muito. Só o tempo vai curar isso e os resultados, claro. Tanta gente foi até lá esperando uma conquista. Não conseguimos, falhamos. É uma ferida aberta. Os protestos são plausíveis. Os torcedores ficaram indignados. Temos que seguir trabalhando e buscando as vitórias”, disse Rogério Ceni.

Agora, o técnico terá uma semana para trabalhar o time de olho no duelo contra o Palmeiras, marcado para domingo, no Allianz Parque, pela 32ª rodada do Brasileirão.

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