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Atleta chegou ao clube em negociação tida como modelo de parceria com o Grupo City, mas é pouco utilizado por Ceni e não entra em campo há quatro partidas.
A contratação do atacante argentino Nahuel Bustos pelo São Paulo, em agosto, foi tratada pelo presidente Julio Casares como o início de “uma relação promissora” com o Grupo City, conglomerado que é dono de clubes no mundo todo. O Manchester City é o mais relevante deles.
Bustos tem vínculo com o grupo, chegou ao São Paulo por empréstimo e tem a maior parte do seu salário bancado pela multinacional. Mas ele joga muito pouco.
Bustos é apresentado pelo São Paulo ao lado de Rui Costa, Julio Casares e Carlos Belmonte, membros da diretoria — Foto: José Edgar de Matos
Desde que foi relacionado pela primeira vez, contra o Bragantino, em 14 de agosto, o atacante foi convocado por Ceni para outras 11 partidas – ele só não poderia jogar a Copa do Brasil, pois chegou após o período de inscrições.
Desses 12 jogos, atuou em apenas quatro. Nenhum do começo ao fim. Entrou contra o Santos, no fim, e no segundo tempo contra o Ceará, quando fez seu único gol. Foi titular contra Cuiabá e Corinthians, em times com muitos reservas, e deixou o gramado na etapa final.
Soma 185 minutos (sem contar acréscimos) de 1.080 possíveis, apenas 17% do tempo em que esteve disponível. Não foi utilizado em nenhum dos últimos quatro jogos do São Paulo.
O técnico Rogério Ceni já falou que a contratação de Bustos foi feita sem seu aval.
Na entrevista coletiva após vencer o Ceará, pela Sul-Americana, no dia 3 de agosto, o treinador afirmou não ter sido consultado sobre o atleta e não ter informações sobre a negociação – Bustos havia chegado ao Brasil um dia antes para assinar contrato com o São Paulo, o que foi amplamente noticiado pela imprensa.
– Chegam mais dois jogadores, é isso? Eu desconheço a chegada dos jogadores. Sobre o zagueiro, ainda fui consultado. Mas sobre o atacante, não fui comunicado – disse Ceni, citando também o zagueiro Ferraresi, outro atleta contratado do Grupo City e que só seria confirmado dias depois do argentino.
– Nós temos um bom elenco, que até dificulta para o treinador fazer as escalações. Do meio para frente, são 21 opções para cinco vagas. Atrás é que as opções são bem curtas – concluiu.
Veja o gol de Bustos contra o Ceará, pelo Brasileiro
Na apresentação de Bustos, dois dias após as declarações de Ceni, Casares exaltou a negociação com o City.
– É uma relação promissora e que pode trazer negócios de mercado. É uma relação direta do São Paulo com o Grupo City. Isso sinaliza um futuro importante para as duas instituições.
Com contrato até o meio de 2023, e citado por Casares como parte do planejamento de contratações para a próxima temporada, Bustos tem jogado menos do que Marcos Guilherme e Eder, atletas que têm vínculo só até o fim deste ano e não devem permanecer no clube.
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