Ceni não esconde frustração com empate: “Seria um passo muito grande para Libertadores”

46

GazetaEsportiva

Marcelo Baseggio

O técnico Rogério Ceni não escondeu sua frustração pelo empate em 2 a 2 com o Atlético-MG, nesta terça-feira, no Morumbi, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Isso porque o São Paulo vencia o confronto direto pelas últimas vagas para o torneio continental até os 36 minutos do segundo tempo, vendo sua presença no G6, ainda que provisória, ir por água abaixo na reta final da partida.

“Foi um jogo parelho. Se no início do Campeonato Brasileiro falassem que empataríamos os dois jogos com o Atlético-MG, um dos favoritos… precisávamos da vitória, seria um passo muito grande para garantir uma vaga para Libertadores. Temos três jogos, o próximo será difícil, contra o Fluminense, e não temos o Nestor na próxima rodada”, comentou Rogério Ceni, lembrando que seu meio-campista terá de cumprir suspensão por acúmulo de cartões amarelos.

Publicidade

O duelo desta terça-feira foi marcado pela superioridade do São Paulo no primeiro tempo e do Atlético-MG na etapa complementar. Nos 45 minutos iniciais, o Tricolor criou as principais chances de gol e, embora tenha saído atrás no placar, conseguiu a virada justamente, graças aos dois gols de Calleri.

“Foi um jogo em que começamos assustados, depois entramos bem no jogo, tivemos chances claras de abrir o marcador, principalmente naquela chance do Nestor. Em seguida fizemos um passe forçado por dentro, não é o melhor a se fazer contra uma equipe que recua bem, que tem velocidade pelos lados. Sofremos o pênalti, o lado psicológico caiu”, pontuou Ceni.

“Depois crescemos, marcamos os gols. Poderíamos ter saído com uma vantagem maior. No segundo tempo caímos de produção. Com a repetição das escalações, parece que não conseguimos mais render no segundo tempo da mesma maneira que rendemos no primeiro tempo. Quando não matamos no primeiro tempo, sofremos. Atlético-MG é um ótimo time, com bastante opções. Mérito também do adversário, que é um bom adversário”, prosseguiu.

Com o fim da temporada se aproximando, o técnico Rogério Ceni crê que a queda de rendimento no segundo tempo se deve, além da pressão do Atlético-MG, ao cansaço físico de alguns jogadores, problema difícil de ser contornado a essa altura do campeonato.

“Alguns rendem mais fisicamente, outros são mais técnicos e rendem um pouco menos. Nos últimos jogos, diferentemente do que fizemos no meio da temporada, a gente tem repetido sempre oito, nove jogadores. Às vezes temos improvisado por não termos alguns jogadores, perdemos Igor Vinícius e Moreira. Hoje tivemos dois laterais-esquerdos em campo, não tinha troca. O fim da temporada vai cobrando um preço, e você paga. Por isso temos que aproveitar enquanto a energia está alta para fazer os gols, mas o Atlético também tem bastante qualidade”, concluiu Ceni.

LEIA TAMBÉM: