Guilherme Palenzuela
Do UOL, em São Paulo
O atacante argentino Jonathan Calleri escapou do perigo maior da suspensão por três jogos na Copa Libertadores e deve pegar apenas uma partida de gancho pela expulsão após o empate contra o The Strongest, por 1 a 1, na Bolívia. Segundo o diretor de futebol do São Paulo, Luiz Cunha, o clube foi informado que Calleri foi enquadrado por insulto, e não por conduta violenta.
O Tribunal Disciplinar da Conmebol decidirá nesta terça-feira a suspensão de Calleri. O código disciplinar da entidade prevê que a pena pela expulsão por insulto seja apenas a automática, de um jogo. No entanto, isso ainda não está confirmado. Os membros do órgão disciplinar podem argumentar que houve implicações maiores nos atos de Calleri para a confusão após o apito final em La Paz e o gancho pode ser aumentado.
O risco de Calleri sofrer suspensão de pelo menos três jogos havia e era temido pelo São Paulo pelo que está previsto no Artigo 10 do código disciplinar das competições sul-americanas. A Conmebol considera “conduta violenta” no mesmo patamar de “agressão a outros jogadores”, e prevê pena mínima de três partidas para quem é enquadrado neste termo.
Assim, confirmando-se a pena por um jogo, Calleri ficaria fora apenas do primeiro jogo contra o Toluca, do México, nesta quinta-feira, no Morumbi. O argentino é o artilheiro da Libertadores, com 8 gols, e marcou os últimos sete gols convertidos pelo São Paulo na temporada.
O São Paulo ainda tem fé que poderá anular a suspensão de Calleri por argumentar que o argentino foi agredido com um chute e dois socos, e que não houve punição a membros do The Strongest. A diretoria tricolor reuniu imagens da confusão e enviou à Conmebol com o pedido de reconsideração da decisão do árbitro chileno Roberto Tobar. A hipótese da anulação da suspensão, no entanto, é considerada muito improvável.