Ceni detalha atrito com Patrick e justifica reserva: “Reação não condiz com um profissional”

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GazetaEsportiva

Rodrigo Matuck

O São Paulo perdeu por 1 a 0 para o Internacional na noite desta terça-feira, no Morumbi, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um dos principais assuntos da entrevista coletiva do técnico Rogério Ceni, no entanto, não foi a partida, e sim o atrito que houve com Patrick no último sábado.

O meio-campista se desentendeu com o comandante após a derrota de 3 a 1 para o Fluminense, no Maracanã. Ele ficou insatisfeito com o fato de ter sido substituído ainda no intervalo da partida.

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“No intervalo do jogo no Maracanã, eu resolvi fazer uma alteração. O Patrick estava sofrendo para fazer a recomposição defensiva. O atleta teve uma reação que não condiz com um profissional. Não foi nem uma discussão. Ele ficou chateado, falou um palavrão, pedi para ele se retirar, ele continuou e atrapalhou um pouco. Essa é a verdade”, revelou.

Ainda na resposta, Ceni garantiu que o assunto já foi resolvido e que o atleta pediu desculpas para todo a delegação, mas não escondeu o seu incômodo com a situação.

“Conversamos. Ele pediu desculpas ao grupo e à comissão técnica. Foi fora do padrão, mas tudo está resolvido. O jogador que não está pronto para sair não pode fazer parte do grupo. Futebol é coletivo. Já vi vários ídolos serem substituídos, Isso faz parte do futebol. Ou temos um comportamento profissional adequado e temos que fazer escolhas. Já conversamos e seguimos trabalhando”, disse.

“Ele tem que respeitar o cara que está entrando e a posição do treinador. São 15 minutos para pensar no que é melhor para a equipe. Não podemos ter discussões como essa. É escolha da direção discutir como lidar com essa situação. Nunca havia acontecido comigo na carreira de técnico”, completou.

Por fim, o técnico afirmou que a opção de não escalar Patrick entre os titulares diante do Internacional não foi devido ao atrito. A sua ideia ao optar por Rodrigo Nestor na vaga do camisa 88 foi “montar um meio de campo mais consistente e forte”. O Pantera entrou na volta do intervalo e atuou por 45 minutos.

Entenda a insatisfação de Patrick

Contra o Fluminense, Patrick foi substituído no intervalo do jogo por Giuliano Galoppo, quando o São Paulo ainda vencia por 1 a 0 no Maracanã. No segundo tempo, sem o meio-campista, o Tricolor Paulista acabou sofrendo três gols em menos de 15 minutos e perdendo o embate.

Essa, aliás, não foi a primeira vez que o camisa 88 foi substituído quando o São Paulo estava vencendo e acaba deixando o triunfo escapar. Na última terça-feira, contra o Atlético-MG, no Morumbi, o jogador também deixou o campo quando o Tricolor batia o adversário por 2 a 1. Sem ele, a equipe sofreu o empate já nos minutos finais.

Patrick foi substituído em 11 dos últimos 12 jogos que iniciou como titular. Ele atuou por 90 minutos apenas contra o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o São Paulo venceu por 2 a 1, com assistência do Pantera.

Apesar do alto número de substituições, Patrick é o terceiro jogador com mais gols do São Paulo na atual temporada, com nove, atrás de Calleri, com 27, e Luciano, com 20. O meio-campista foi contratado no início de 2022 e assinou um contrato válido até o final de 2023.

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