“Goleiro do São Paulo tem que fazer milagre”, diz Zetti sobre trocas recentes

191

Gazeta Esportiva

Um dos grandes ídolos do São Paulo, Zetti falou sobre a desconfiança existente na meta tricolor nos últimos anos. Nesta temporada, a diretoria contratou dois novos goleiros, Jandrei e Felipe Alves, e para 2023 também acertou a vinda de Rafael, ex-Atlético-MG, prova de que os atletas da posição que passaram pelo clube recentemente ainda não conseguiram convencer debaixo das traves.

“Substituir esses grandes ídolos, desde 1975 com Waldir Peres a 1985, depois Gilmar, que ficou até 1990, eu que entrei e fiquei até 1996, depois Rogério Ceni com uma história fantástica. Qualquer goleiro que chegue ao São Paulo vai sofrer, ter essa cobrança, essa comparação”, disse Zetti.

Publicidade
foto: Divulgação/São Paulo

De fato, o São Paulo contou com grandes goleiros ao longo das últimas décadas, mas desde a aposentadoria de Rogério Ceni tem tido dificuldade para encontrar uma reposição à altura. Atravessando grave crise financeira, o clube não tem um orçamento suficiente para contratar um arqueiro tarimbado, sendo obrigado a apostar em atletas com menos renome.

Jandrei iniciou a temporada de 2022 como titular, mas, por causa de suas oscilações, o São Paulo decidiu contratar Felipe Alves, já que o jovem Thiago Couto, revelado em Cotia, também não convenceu nas oportunidades que teve como titular. Só que o goleiro que chegou no decorrer deste ano, embora tenha terminado como dono da posição, parece não ter agradado o técnico Rogério Ceni, que ganhou o reforço de Rafael, ex-Atlético-MG, nas últimas semanas.

“Goleiro do São Paulo tem que fazer milagre de vez em quando, mas o time também tem que estar próximo de buscar títulos. O São Paulo precisa de títulos, e os goleiros que estão no São Paulo hoje têm condições de ter uma boa participação”, prosseguiu Zetti.

Desde que Julio Casares assumiu a presidência do São Paulo, em 2021, Zetti passou a exercer um cargo estratégico em Cotia. O ídolo tricolor tem a missão de formar um goleiro à altura do clube nos próximos anos, algo que não é comum desde a inauguração do CFA Laudo Natel, que se tornou uma fábrica de bons talentos, mas não debaixo das traves.

“Eu trabalho com os goleiros na base há dois anos e vamos ver se conseguimos formar alguém. Na história do São Paulo não tem um goleiro que jogou na Seleção, nasceu no São Paulo, ganhou títulos expressivos. É um grande desafio estar trabalhando no São Paulo hoje”, concluiu.