Clubes pequenos e desemprego: a odisseia de Wellington Rato até o São Paulo

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Gazeta Esportiva

Wellington Rato foi apresentado como novo reforço do São Paulo na última quinta-feira, no CT da Barra Funda. Mas, antes de chegar ao clube do Morumbi, o jogador de 30 anos passou por maus bocados, esbanjando resiliência para superar todos os obstáculos – e foram muitos – antes de agarrar a oportunidade da sua vida.

O São Paulo é o primeiro grande clube da carreira de Wellington Rato. Há três anos o meia-atacante disputava a Série C pelo Ferroviário, do Ceará, depois de passar por outros times de pequena expressão, como Audax Rio, Osasco Audax, Dom Bosco, Red Bull Brasil, Caldense, Sampaio Corrêa e Joinville, agremiação da qual não guarda boas recordação.

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Foi após a passagem pelo Joinville que Wellington Rato cogitou abandonar a carreira de jogador de futebol. O clube catarinense deixou de pagar seus salários, sua família teve de retornar ao Rio de Janeiro e depois disso ele ainda permaneceu por mais quatro meses no JEC até retornar para casa e ficar oito meses desempregado.

“Acho que o pior ano que passei na minha carreira foi 2019. Ocorreu que eu queria parar de jogar futebol. Acabei indo para o Rio de Janeiro, pensando com a minha família, mas tive uma mudança na minha vida, uma transformação, quando aceitei Jesus na minha vida. O crescimento na minha carreira se deve a isso. Graças a Deus, não parei e hoje estou realizando o sonho de vestir essa camisa”, disse Wellington Rato ao conceder sua primeira entrevista como jogador do São Paulo.

Após deixar o Joinville, Wellington Rato aceitou a proposta para disputar o Campeonato Cearense e a Série C pelo Ferroviário, foi bem e acabou sendo contratado pelo Atlético-GO. Em 2021, foi emprestado ao V-Varen Nagasaki, do Japão, antes de retornar ao Dragão para fazer a melhor temporada da sua vida, disputando 70 jogos, marcando 15 gols e anotando sete assistências.

“Como falei, essa transformação, uma transformação que vem de dentro pra fora, mudou minha vida. No final de 2019 fui pro Ferroviário para começar o Cearense de 2020. Vi aquela porta como oportunidade de recomeço na minha carreira, comecei o Estadual bem, dei sequência na Série C e logo tive a oportunidade de ir pro Atlético-GO. Depois fui emprestado para o futebol japonês, voltei e na temporada passada tive 70 jogos disputados, sem lesão nenhuma, 15 gols no campeonato. Isso foi primordial para eu vestir a camisa do São Paulo”, completou.

Depois de tantas turbulências e incertezas, Wellington Rato foi premiado com a grande oportunidade da sua vida aos 30 anos. Experiente, o meia-atacante está certo de que ainda tem muita lenha para queimar e quer provar isso dentro de campo, seja como ponta ou meia-armador, como o técnico Rogério Ceni preferir.