Série “Jogo do Dinheiro”, exibida pelo Globo Esporte São Paulo, mostra como atletas administram a vida financeira após o fim da carreira. Ex-tenista Guga é exemplo positivo de boa gestão
GloboEsporte
A carreira de um atleta de alto rendimento é curta. Por isso, o dinheiro conquistado nesse período precisa ser bem adminstrado pensando no pós-carreira e em uma vida longa após a aposentadoria.
A série “Jogo do dinheiro”, do Globo Esporte SP, mostra exemplos de boa adminsitratação e de falência de nomes que fizeram sucesso no esporte brasileiro.
Jurandir Fatori foi um lateral-direito de relativo sucesso no futebol, jogando pelo Flamengo e sendo campeão mundial com o São Paulo em 1993. Mas os problemas fora de campo na administração da carreira e do dinheiro o fizeram perder tudo, mesmo recebendo conselhos de Telê Santana, seu treinador no Tricolor.
Por muitos anos, Jura trabalhou como manobrista de um restaurante e atualmente é professor de uma escolinha de futebol em Piracicaba, interior de São Paulo.
– Eu vivi muito, curti muito, mas no momento que eu mais queria curtir, que é hoje com minha família e meu filho, não consigo. Queria aproveitar mais a vida, mas o que fiz foi bom só pra mim. Consegui comprar minha coisas, tive casa, apartamento, chácara, carro do ano.
– O dinheiro foi embora na noite, mulherada e maus investimentos. Empolgação de certas coisas, chegou uma hora que não tinha de onde tirar mais. Fui vendendo, chegou uma hora que não tinha mais o que vender – conta Jura.
Um exemplo oposto ao de Jura é o do ex-tenista Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros e um dos maiores atletas do Brasil na modalidade. O ex-atleta investiu o dinheiro conquistado ao longo da carreira e hoje administra os negócios conquistados.
A história dele é o tema do segundo episódio da série.
Além de Guga, o ex-nadador Gustavo Borges, o ex-zagueiro William e a ex-atleta paralímpica Verônica Hipólito também são exemplos positivos de esportistas que pensaram além da carreira.
– Não quero mais ver atletas pensando em vender medalhas para pagar dívidas. Não quero ver o esporte sendo motivo de tragédia, mas de alegria para tudo ou todos – disse Verônica, que tem a história contada no terceiro e último episódio da série.