Passado torcedor e entorno tricolor: como Erison e estafe ajudaram São Paulo a dobrar exigências do Botafogo

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Empresário de atacante foi campeão paulista de 1987, pelo clube do Morumbi

LANCE

Em 2016, Erison, aos 17 anos, postou essa foto nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Erison foi enfim anunciado pelo São Paulo nesta semana como novo reforço, após uma novela que durou mais de uma semana de idas e vindas pelo jogo duro do Botafogo. No papel, o time carioca tinha até suas razões, já que a oferta do Coritiba era melhor. Mas o que cariocas e paranaenses não esperavam era todo o envolvimento sentimental do atacante e seu estafe com o clube do Morumbi.

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O empresário de Erison é Ronaldo Francisco Lucato. Por nome, o torcedor são-paulino dificilmente reconhecerá. Mas o homem nascido em Limeira (SP) fez 103 jogos, marcou 24 gols e se sagrou campeão paulista de 1987 no Morumbi com o apelido que o consagrou: Lê.

Só a ligação sentimental do estafe seria o suficiente para que Erison desembarcasse no São Paulo. Mas outro detalhe levantado pela torcida chamou a atenção. Um perfil do Instagram do atacante quando ele era adolescente entregou uma foto dele com a camisa tricolor, denunciando a ligação sentimental com o Morumbi também por parte dele.

Em sua primeira entrevista como jogador do Tricolor, Erison foi direto na resposta sobre os motivos que o levaram a escolher o clube.

– Só minha família sabe o quanto estou feliz.

Foi a insistência de Lê e Erison que fizeram o São Paulo a dobrar John Textor, o poderoso chefe da SAF botafoguense.

Quando a cúpula tricolor procurou o Botafogo por Erison, foi definido o preço de R$ 1,7 milhão pelo empréstimo por uma temporada. O nome não foi escolhido à toa. O atacante que brilhou em sua chegada ao Fogão, não rendeu o mesmo no Estoril, de Portugal. O plano de Textor é fazer caixa com o jogador. E a experiência europeia dificultaria sua aparição.

Tricolor e Botafogo falaram em tons diferentes. O São Paulo ofereceu o que julgou um bom negócio: abateria o valor do empréstimo da série de dívidas que o clube de General Severiano têm, com Henrique Almeida, Tchê Tchê e Lucas Perri.

A princípio a oferta foi aceita, mas aí apareceu o Coritiba. Os paranaenses ofereceram a mesma quantia, mas paga em dinheiro vivo, algo que agradava mais Textor. E foi desenhado o chapéu no São Paulo.

Só que havia um triunfo. Um não, dois. O próprio Erison e Lê. Com as cores tricolores no peito, já haviam decidido: o atacante jogaria no Morumbi. E assim foi feito. Um esquema que o São Paulo se acostumou a fazer. Como Wellingtion Rato e David, haviam propostas melhores, mas pesou a vontade do jogador.