Rogério Ceni justifica que oscilação de resultados do São Paulo é causada pelo alto número de lesões

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Na vitória contra o Santos, no Morumbi, Welington e Orejuela deixaram o gramado sentindo dores. Departamento médico tem sido problema recorrente

LANCE

Rogério Ceni lamentou o alto número de lesionados no São Paulo (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

O departamento médico do São Paulo tem sido um problema frequente para Rogério Ceni. Durante o clássico contra o Santos, que terminou em vitória por 3 a 1, o Tricolor encerrou a partida com um a menos.

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Welington sentiu o posterior da coxa e pediu para sair. Por já ter realizado todas as substituições permitidas, Ceni tirou o atleta de campo, sem poder colocar ninguém no lugar. Durante a coletiva de imprensa, o treinador falou sobre o alto número de lesionados e explicou que grande parte das oscilações de resultado do Tricolor são causas justamente por este problema.

No San-São, o São Paulo foi a campo com 12 desfalques. Para o duelo com a Inter de Limeira, Luciano deve ser juntar – por conta de suspensão -, e ainda há o risco de Welington não poder jogar, dependendo da avaliação médica que acontecerá nesta segunda-feira (13).

De acordo com Rogério Ceni, o que justifica o número recorrente de lesões na partida é a exaustão dos atletas. Welington, por exemplo, esteve presente em todos os jogos do ano até o momento. O treinador também explicou as substituições de alguns jogadores, como Alan Franco, na partida deste domingo (12).

  • Quando você tem lesão por trauma, como foi o caso de Ferraresi, Rafinha… Esses jogadores não estando presentes, os outros são obrigados. Os dois zagueiros jogam todos os jogos, tirei o Alan Franco porque a perna está pesada, preferi tirar. Welington, em um pique, sentiu uma puxada. A chance de acontecer mais lesões é porque os jogadores estão exaustos. Muitos estão fora. O sistema de defesa quase não dá para trocar. Não é uma questão simples – esclareceu o técnico.

O Tricolor enfrentou uma forte chuva no Morumbi durante o duelo com o Peixe. Ceni também trouxe à tona como jogar em ‘campos pesados’ influencia no aumento do número de lesões durante as partidas.

  • Estamos jogando em campos pesados e com poucas trocas. Com a lesão do Erison e David, poucas trocas. Os que mais jogam, vão se lesionando. A tendência é que repetir os jogadores, mais lesões vão aparecer – completou.

Na última semana, em partida disputada pelo Paulistão no Nabi Abi Chedid, o São Paulo foi derrotado por 2 a 1 pelo Red Bull Bragantino. Neste domingo (12), conseguiu uma vitória com uma larga vantagem em cima de um rival, também da série A do Brasileiro. Ao ser questionado sobre as oscilações de resultado, mais uma vez, Ceni atribuiu ao problema envolvendo lesões.

  • Se não conseguirmos recuperar esses jogadores, a tendência é que o time oscile muito mais. A chance da oscilação existir continua. Ela só vai melhorar quando 50%, 60% dos jogadores lesionados voltem. Se não, é natural. Olha a defesa que acabou: Caio Paulista, Belém, Nathan… Nunca treinaram juntos, não vou mentir se eu dizer que não vai oscilar. Se eu tiver Arboleda, Ferraresi, tenho como melhorar. Amanhã só tenho um zagueiro para treinar, o Belém – disse.
  • Nesse momento, não conseguimos treinar o time como um todo. Conseguimos treinar setores, atacantes, bola parada. Não consigo. Hoje, mais quatro saíram com dores. Não dá para trabalhar muito, precisamos recuperar jogadores – completou.

Agora, o São Paulo volta a jogar na quarta-feira (15), contra a Inter de Limeira, no Morumbi. O jogo será às 21h35. Por conta do calendário, serão só dois dias de intervalo entre o clássico disputado e o próximo confronto do Tricolor.