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Treinador quer São Paulo ligado no México após goleada sobre o Toluca por 4 a 0; argentino acredita que classificação não está garantida
O São Paulo deu um grande passo rumo às quartas de final da Liberadores após a goleada sobre o Toluca-MEX por 4 a 0, nesta quinta-feira (28), no Morumbi lotado. No entanto, em entrevista coletiva, o treinador Edgardo Bauza tratou de ressaltar que a classificação ainda não está garantida.
“A Libertadores é uma história diferente a cada partida. Os jogadores estavam festejando no vestiário, mas eu já disse a eles para não festejarem nada porque não ganhamos nada. Faltam 90 minutos e vamos lutar para conseguir a classificação. Se quisermos ficar entre os oito melhores da América, teremos de correr muito. As dificuldades serão cada vez maiores, em Toluca teremos 2.800 metros de altitude. Conheço o técnico deles (José Cardozo), ele fará de tudo para dar a volta por cima”.
Um dos destaques do Tricolor na partida, Centurión somente ganhou uma oportunidade entre os titulares porque Alan Kardec, que seria o substituto de Calleri, contraiu uma virose às vésperas do confronto. De acordo com Patón, o camisa 20 sequer estaria entre os reservas.
“Se tudo corresse normalmente, é provável que ele ficasse fora do banco de reservas. Quando se está com os atletas todos os dias, é possível conhecê-los apenas vendo caminhar. E eu não vi o Kardec bem para começar. Esperei chegarmos ao estádio para dizer que ele não começaria porque eu não o vi bem. Centurión treinou com muita gana, rápido e intuitivo. São escolhas que às vezes saem bem, outras não. Por sorte para o São Paulo essa saiu bem”.
O outro jogador a ganhar uma chance entre os titulares, Renan Ribeiro, que atuou por conta da expulsão de Denis contra o The Strongest-BOL, não teve trabalho, mas se saiu bem quando exigido. No entanto, mesmo com as críticas ao camisa 1, Bauza não pretende manter o arqueiro reserva na vaga para o próximo embate.
“Acredito que Denis seja o titular. Se nada acontecer, seguramente ele voltará. É como me perguntar se, depois dos dois gols do Centurión, o Calleri ficará fora. Não ficará. O que me anima é que tanto o Renan quanto o Centurión tiveram essas atuações. Minha premissa é sempre a mesma e os jogadores sabem: quem estiver melhor vai jogar, e a equipe está sempre em primeiro lugar. Recebi críticas por tirar o Ganso na Bolívia, mas fiz porque estava convicto de que seria melhor para a equipe”.
Na análise de Bauza, a atuação do São Paulo contra o Toluca foi a melhor do ano, e a presença dos mais de 53 mil tricolores no Morumbi foi essencial para o triunfo. Entretanto, Patón afirmou que a equipe ainda tem de melhorar na efetividade de chances criadas.
“Levando em conta a importância do jogo e o rival, que não é fácil, acredito que fizemos nossa melhor partida. Eu me alegro por toda a torcida que veio nos apoiar. Precisávamos dar a eles uma atuação como essa para que sigam nos apoiando, aconteça o que acontecer. Mas no primeiro tempo tivemos 14 lances ofensivos pela esquerda, e muitos quase terminaram em gols. Temos que melhorar para sermos mais efetivos”.