Estimativas apontam que o atual presidente, que poderá tentar a reeleição, conta com apoio de quase 65% do órgão que escolhe o mandatário no clube
GloboEsporte
O São Paulo escolherá um novo presidente no fim deste ano, mas até agora há pouca movimentação em torno da eleição.
O domínio do atual grupo no comando, encabeçado por Júlio Casares, no Conselho Deliberativo do São Paulo tem deixado a oposição encurralada para escolher um adversário ao presidente.
Na última quinta-feira, Casares ampliou sua base de apoiadores. Foram eleitos 10 novos conselheiros vitalícios, sendo sete deles de situação, outros três de oposição.
Entre os 260 conselheiros do São Paulo, estimativas de pessoas ouvidas pela reportagem apontam que o grupo que apoia Casares tenha entre 160 e 170 membros – cerca de 65% do total.
É um número superior aos 155 que elegeram o atual presidente três anos atrás e que lhe dá considerável folga para o pleito deste ano, já que o presidente é escolhido pela maioria simples.
No São Paulo, a eleição para presidente é indireta, feita pelos conselheiros do clube. Antes dessa escolha, porém, os sócios elegem 100 novos conselheiros, que formarão o colegiado com os outros 160 conselheiros vitalícios.
Nem mesmo essa eleição anterior anima a oposição, já que a perspectiva é de que ela não tenha condições de mudar esse equilíbrio das forças no Conselho – na última, em 2020, o grupo de apoio a Casares elegeu 75% dos novos conselheiros.
Mesmo com a cenário favorável, a situação tricolor espera ter adversário na eleição prevista para dezembro.
O estatuto do São Paulo obriga que uma chapa, para ser inscrita, tenha as assinaturas de pelo menos 55 conselheiros vitalícios. O documento, porém, indica que no caso de uma única chapa conseguir esse apoio mínimo, haverá uma extensão de dois dias no prazo de inscrição para que uma segunda chapa se inscreva, aí com apenas 40 assinaturas.
A oposição a Casares ainda não apresentou nomes para disputar a eleição para presidente. Na última, o adversário foi Roberto Natel – que, antes, disputou a indicação do grupo com Marco Aurélio Cunha.
Ambos são citados, informalmente, como possíveis candidatos novamente.
Casares poderá ser candidato à reeleição graças a uma mudança realizada em 2022 no estatuto tricolor, que antes vetava que um então presidente pudesse tentar um novo mandato.
Ele, porém, ainda não confirmou que tentará se reeleger para o período entre 2024 e 2026, ainda que isso seja dado como certo por rivais e aliados.