Danilo Lavieri – UOL
O São Paulo fez um dos piores jogos do ano e ficou no 0 a 0 com o Água Santa nesta segunda-feira (13). Desorganizado, o time tinha dado apenas dois chutes certos até os 35 minutos do 2º tempo, não soube sair da marcação da equipe de Diadema e precisou ir para os pênaltis nas quartas de final do Paulistão, onde acabou eliminado.
Há quem tente colocar a culpa no gramado sintético do Allianz Parque, mas a verdade é que isso não passa de uma desculpa para esconder a péssima atuação do Tricolor.
Antes de a bola rolar, Rogério Ceni já fez um alerta que o gramado era perigoso para o joelho de Robert Arboleda, que voltava do departamento médico e falou, incorretamente, que a lesão dele havia sido na casa do Palmeiras. Não é verdade. Ele se machucou no Morumbi em uma partida contra o Alviverde, pela Copa do Brasil.
Além disso, se o gramado sintético fosse tão prejudicial, como o dono da casa entrou em campo na segunda-feira com apenas um desfalque por lesão, o de Atuesta, que machucou o joelho durante treino? Se o problema é o gramado, como o Tricolor é o recordista de lesão neste início de ano jogando no Morumbi?
Depois, durante a transmissão da TNT, o ex-jogador do São Paulo Cicinho tentou afirmar que o time estava mal por não estar acostumado com a grama. Mas o Água Santa está? Se esse é um problema, por que a diretoria fez o acordo com o Palmeiras? Erro de planejamento?
A versão ganhou eco nas redes sociais com torcedores reclamando do piso e teve até mesmo mensagem de Marco Aurélio Cunha, ex-diretor são-paulino falou que “o sintético estava destruindo o São Paulo”.
Tudo isso para esconder que Wellington Rato não jogou bem e não ajudou nas bolas paradas. Que David não ajudou quase nada na criação de jogadas. Que Luciano pouco fez. Que Erison não deveria ter entrado já que não está na melhor forma física. Que nem parecia que Ceni teve uma semana para treinar essa equipe.
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