No Recife, Rafinha almoça em comunidade a convite de influencer, encontra ex-Corinthians e liga para Neuer

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Um dia após vitória do São Paulo sobre o Sport, pela Copa do Brasil, lateral almoça na comunidade do Coque, a convite de influencer Ney Silva @neysilva

Um dia após a vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o Sport, na Ilha do Retiro, pela primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, Rafinha fez um passeio diferente pelo Recife. O lateral-direito, à convite de Ney Silva, influencer e amigo de vários jogadores, almoçou na comunidade do Coque.

Quem também esteve presente no almoço foi o ex-centroavante Acosta. O uruguaio ficou marcado no futebol pernambucano pela passagem artilheira pelo Náutico, em 2007. O jogador também defendeu o Corinthians, em 2008.

Durante o papo de almoço com Ney Silva, Rafinha revelou sentir falta do calor do brasileiro após ficar 16 anos longe do país por conta da carreira na Europa.

O experiente lateral-direito relembrou as dificuldades que teve na infância e deu um conselho para os jovens jogadores da comunidade que sonham em ser profissionais da bola.

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“Diretamente do Coque. Eu te acompanho faz tempo, mas ver a rapaziada aqui, como vocês levam a vida aqui é legal demais. Ver a alegria de vocês é muito bacana. Fiquei 16 anos fora do Brasil e sentia falta dessa brincadeira e contato. Mesmo sabendo das dificuldades, tem que correr atrás para triunfar na vida, acho legal.”

“Eu vim de comunidade, sei como é. Tem que batalhar muito. Sabemos que nada é fácil. Gosto de acompanhar isso de perto, já estou no final da minha carreira. Os moleques do um pra um aqui podem ir para um clube. Vão para um fut7, para um profissional. Se puder ir para o futebol é melhor ainda. Torcemos para que saiam muitos Rafinhas daqui”, completou, antes de dar as dicas e o que um menino que sonha em ser jogador deve ter em mente.

“A primeira coisa, Ney, é a disciplina. Tem que ter disciplina. Se não tiver, não chega. O que é a disciplina? Treinamento, dedicação, profissionalismo. Descanso. Descanso também é treinamento. Juntamente com isso, a técnica. A possibilidade de se tornar um atleta profissional é muito grande. É bom de bola, habilidoso, faz gol no bairro, joga muito. E aí? Tem outro que treina demais, corre, é dedica, mas não tem a técnica. O cara que conseguir unir tudo isso, que não é fácil, porque se fosse, todo mundo ia conseguir. Nosso país? Cada 1 milhão, todo mundo quer ser jogador. Primeiro brinquedo qual que é? A bola. É o pior vestibular que a gente tem.”

“Um menino que está começando hoje, primeiramente, se dedicar aos estudos, porque o futebol não é garantia para ninguém. Tem que estudar, se preparar, se dedicar. Quando a oportunidade aparecer, tem que estar preparado. Treina, treina. Tem que se dedicar. Hoje em dia, o futebol está globalizado. Todo mundo corre. Vai se destacar quem consegue unir o profissionalismo e o trabalho com a técnica. O menino que puser isso na cabeça vai chegar longe. As vezes não vai chegar num clube tão grande, aí vai em um pequeno, mas a oportunidade vai ter. O home lá de cima olha para todo mundo.”

Questionado por Ney Silva sobre as ‘armadilhas’ da vida a um atleta profissional, Rafinha alertou para os ‘perigos noturnos’.

“São vários. Está cheio de armadilhas. Tem que tomar cuidado com o sereno. O sereno machuca. Hoje em dia, jogador que não dorme fica para trás. Pode um dia, dois, no terceiro…”, finalizou.

Ligação para Neuer

A muitos quilômetros de distância, quem também esteve no Recife foi o goleiro Manuel Neuer. Durante o almoço, Rafinha ligou para o ex-companheiro de Bayern de Munique e Schalke 04.

Vale lembrar que o alemão esteve na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e jogou na Arena Pernambuco. A Alemanha se sagrou campeã naquele ano.

Rafinha e Neuer comemorando vitória do Bayern em 2015 Matthias Hangst/Bongarts/Getty Images

ESPN