Marinho aceita baixar salário para deixar Flamengo, mas pedida ainda é acima do que o São Paulo quer pagar

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Ponta fez contra-proposta ao Tricolor e, além dos vencimentos, exige tempo de contrato maior que o oferecido

Marinho comemora gol marcado pelo Flamengo no ano passado (Foto: Divulgação/Flamengo)

Com sondagens do futebol árabe, o ponta Marinho respondeu a proposta de contrato feito pelo São Paulo. Mas apesar do jogador de 33 anos ter topado diminuir o salário atual de quase R$ 800 mil que recebe no Flamengo, o valor ofertado ainda é bem maior que o oferecido inicialmente pelo Tricolor.

Não é o único empecilho para o clube do Morumbi. Segundo apurado pelo LANCE!, o São Paulo teria proposto a Marinho um vínculo até o final do ano que vem. Mas, através de seu estafe, o jogador enfatizou que os planos são de assinar um contrato pelo menos até o meio de 2025.

As tratativas do clube paulista para ter o ponta continuam, dizem dirigentes são-paulinos. Afinal, a negociação tem, como se diz popularmente, ‘meio caminho andado’ pelo fato do atleta estar atualmente afastado e fora dos planos. Com contrato somente até o final do ano com o Rubro-Negro, Marinho já foi avisado que será liberado gratuitamente caso acerte com algum clube.

Conforme o L! apurou, Marinho pediu aproximadamente R$ 650 mil mensais para defender o São Paulo. O valor fica abaixo somente do ordenado ganho por Calleri, o topo da folha salarial do atual elenco tricolor. E tem quase o dobro do que o Tricolor se propôs a pagar.

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Mesmo um acerto parecendo longe, pelo lado são-paulino há otimismo. Principalmente pelo fato do ponta ter se mostrado flexível para receber menos. E também pelo bom relacionamento dele com o técnico Dorival Júnior, que vem ajudando a diretoria nos esforços para convencê-lo.

Ainda assim, não significa que o Tricolor seja o único na disputa pelo experiente jogador, já que depende de quanto os árabes se mostrarão dispostos a gastar. E se de fato Marinho tem o interesse ou não de seguir atuando no Brasil. Caso a coisa se transforme em um leilão, o clube paulista indica que desistirá da negociação.

Conforme o L! apurou, os representantes do atleta teriam ouvido dos cartolas tricolores que não haveria problemas dele se apresentar agora e ficar apenas treinando até que pudesse estrear, na reabertura da janela de transferências, em 3 de julho.

Diferente de Alexandre Pato, que foi apresentado oficialmente pelo clube paulista nesta terça e poderá ser inscrito imediatamente pelo Tricolor por estar desempregado, Marinho chegaria ao Morumbi em uma negociação direta com o rubro-negro carioca.

Como o LANCE! antecipou em janeiro, o jogador era um pedido de Rogério Ceni – quando o treinador ainda estava no comando do Tricolor paulista. Na época, o Rubro-Negro não quis andar com o negócio. O clube do Morumbi tentava um empréstimo, mas os cariocas queriam algo em definitivo.

Agora, Marinho tem em Dorival Júnior, novo técnico são-paulino, um novo aliado para se transferir ao Tricolor. A dupla trabalhou junta na Gávea no último ano, nas campanhas vencedoras das copas Libertadores e do Brasil. 

A ‘brecha’, digamos assim, para que Marinho supostamente se transfira mesmo faltando mais de um mês para o reinício das inscrições no futebol brasileiro agrada a todos os lados. O Tricolor aceita pagar um mês a mais de salário ao jogador para que ele não estoure o limite de partidas jogadas no Brasileirão caso seja reintegrado no período (Marinho foi afastado pela diretoria rubro-negra). E o jogador deixa enfim a Gávea, onde vem enfrentando problemas de relacionamento com os dirigentes.

Ao L!, duas fontes confidenciaram que o estafe de Marinho só aceitou abrir conversas com o São Paulo após descobrir que o clube carioca vinha forçando uma negociação dele com o Bahia. Acontece que o ponta se diz torcedor do Vitória. E deixou claro que não queria jogar no maior rival. Mesmo assim, segundo pessoas ouvidas pela reportagem, a negociação seguiu à revelia do jogador, que se rebelou. E começou o conflito com os cartolas.

Entre os motivos para o Flamengo afastá-lo estaria o ato de indisciplina de não viajar com a delegação. Aos cartolas tricolores, o estafe do jogador disse que Marinho explicou claramente que sentia dores, tinha um edema apontado por exames, mas que mesmo assim teriam o obrigado a acompanhar o grupo.

LANCE