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Marcelo Hazan
Técnicos (Edgardo Bauza e Diego Aguirre) e centroavantes (Calleri e Lucas Pratto) estrangeiros lideram rivais brasileiros nas quartas de final da Taça Libertadores.
São Paulo e Atlético-MG são os únicos times brasileiros vivos na Taça Libertadores. Os rivais das quartas de final avançaram na competição sob os comandos do argentino Edgardo Bauza e do uruguaio Diego Aguirre.
Os centroavantes Calleri (artilheiro do torneio, com oito gols) e Lucas Pratto (goleador do Galo na competição, com quatro) também são argentinos.
Ter estrangeiros em posições fundamentais e dirigindo as melhores equipes brasileiras no maior torneio do continente é um alerta para o futebol nacional, na opinião dos comentaristas Casagrande e Caio Ribeiro.
Para Caio Ribeiro, o sucesso dos estrangeiros serve para tirar os brasileiros da zona de conforto.
– Não significa que não tenha gente boa aqui, mas são indícios de que os técnicos precisam se incomodar com essa situação, rever conceitos e buscar alternativas, porque isso é do mercado. Cada hora terá menos espaço. Você tem de olhar e não achar que é algo circunstancial, mas sim buscar melhorar sempre – disse.
Casagrande, por sua vez, acredita que o sucesso do argentino Jorge Sampaoli com a seleção do Chile, campeã da Copa América, abriu mais espaço aos técnicos sul-americanos.
– Os dois times chamaram treinadores competitivos. O Bauza ganhou duas Libertadores, com o San Lorenzo e a LDU, times que não são top. O estilo de jogo não me agrada e não é bonito, mas é competitivo. O Aguirre trabalhou em outros países também (foi finalista da Libertadores com o Peñarol e perdeu para o Santos, em 2011) – afirmou Casagrande.
A opinião é parecida em relação aos centroavantes. Caio Ribeiro acredita que o autêntico camisa 9 está em extinção no nosso futebol.
– Tem o Ricardo Oliveira que está sendo convocado e uma boa molecada chegando, mas não são exatamente camisas 9 e estão em estágios diferentes: o Gabigol (Santos), o Gabriel Jesus (Palmeiras) e o Luan (Grêmio). Aquele jogador de área, que incomoda a defesa adversária e gosta do corpo a corpo em jogo grande, temos buscado na Argentina. No Brasil são características diferentes. O Fred não é tão forte, mas tem presença de área. Tirando Calleri e Pratto, o terceiro melhor é o Guerrero. Está na hora de olhar para a base – disse Caio.
Ex-atacante com história no Corinthians, Casagrande vê a falta de jogadores de área como problema antigo no futebol brasileiro.
– Não é mera coincidência. Não tem no Brasil. Por isso o destaque do Atlético-MG é o Pratto, e o do São Paulo, o Calleri. Faz tempo que não tem centroavante no Brasil – afirmou Casagrande.
Todos os ingressos foram vendidos para o primeiro duelo entre São Paulo e Atlético-MG, nesta quarta-feira, às 21h45, no Morumbi. O segundo confronto é na próxima quarta-feira (18), no mesmo horário, no estádio Independência, em Belo Horizonte.
No Brasil jogador mais “encorpado” e que tem um pouco de técnica vira zagueiro, me parece que os empresários preferem, pois tem mais facilidade em vender o garoto para Europa e lucrar.
Não concordo. Acho que falta continuidade para que grandes jogadores apareçam. O brasileiro não desaprendeu a jogar e sempre seremos excelentes. é uma fase passageira e com um pouco de competência e paciência tudo vai voltar a ser como era antes. É uma questão de readaptação. Hoje os jogadores são mais altos, mais pesados e isso acabou tirando a habilidade dos jogadores brasileiros. Hoje em dia Zico, Junior, Edilson, Romário,Marcelinho, Mineiro, Josué, seriam considerados anãos para serem jogadores de futebol e acredito que isso atrapalhou e muito o futebol brasileiro. Quanto mais alto o jogador menos habilidade. Claro que existem exceções como kaka, ibra, Cristiano Ronaldo.etc. Hoje em dias os jogadores brasileiros são cintura dura, justamente pela estatura elevada. Nunca argentino vai ser melhor que brasileiro
Correto, e como o messi é brasileiro, só reforça seu comentário
Nunca o futebol argentino será melhor que o brasileiro. Foi Isso que eu quis dizer. Minha opinião, cada um tem a sua.
Ah bom, então assim sim.