Tratamento de choque: como Calleri contrariou previsões para jogar clássico contra o Palmeiras

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Três turnos e uso de aparelho portátil durante caminhadas no CT deram condições de jogo; dores voltaram no primeiro tempo, argentino saiu no intervalo e voltou a ser dúvida

Três sessões por dia de recuperação e até um quarto turno com direito a aparelho de choque portátil durante caminhadas no CT da Barra Funda: essa foi a rotina adotada por Calleri na última semana para conseguir entrar em campo na quarta-feira, na vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no Morumbi, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Calleri contrariou os prognósticos e fez tratamento até horas antes do jogo para conseguir estar à disposição de Dorival Júnior. O argentino chegou com o elenco e começou o duelo como titular, mas deixou o estádio frustrado por sentir dores nas costas, mesmo local que quase o tirou da partida.

O camisa 9 são-paulino chegou a fazer sinais para o banco de reservas e foi substituído no intervalo, depois de perder o que seria um golaço no primeiro tempo. A euforia pela recuperação dá lugar à preocupação, e o argentino voltou a ser tratado como dúvida pelo clube do Morumbi.

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Calleri fez sacrifícios para estar em campo — Foto: Marcos Ribolli

A recuperação de Calleri começou na quarta-feira, pouco depois de as primeiras dores incomodarem o atacante na partida contra o Tigre, disputada na terça. Os prognósticos tratavam ele como desfalque desde a semana passada, mas o argentino nunca descartou a possibilidade de atuar no Morumbi.

Pela manhã, de tarde e de noite, o goleador permaneceu focado no processo de recuperação.

Chamou a atenção o “companheiro” de Calleri neste período. O argentino foi flagrado algumas vezes no CT da Barra Funda com um aparelho portátil de choque, usado para tratamento de traumas.

O camisa 9 realizava esse tratamento além das sessões com os profissionais do clube.

Na segunda-feira, Calleri terminou o dia com muitas dores para fazer os movimentos e foi descartado para o jogo. Na terça, após mais três sessões, a dor virou incômodo, e o argentino sustentou uma ponta de esperança para estar em campo.

Poucos minutos antes de entrar no ônibus para ir ao Morumbi, Calleri estava com o aparelho de choque portátil fazendo tratamento. Foi praticamente um tratamento de “24 horas”, com mobilização do departamento médico do São Paulo, para conseguir estar presente em campo.

Todo o sacrifício, contudo, terminou com uma ponta de frustração pela saída no intervalo, com novas dores no local. O técnico Dorival Júnior lamentou o problema do atacante.

– Calleri treinou ontem, um trabalho leve e não sentiu nada. Ele vinha realizando trabalhos paralelos no departamento médico – disse Dorival.

– Ele se sentiu bem e passou confiança em jogar, mas infelizmente sentiu no meio da partida, mas foi valente e até o final, suportando dores. O DM está de parabéns pelo trabalho realizado na recuperação – comentou o técnico.

Luciano também fez sacrifícios

Além de Calleri, o departamento médico do São Paulo também direcionou a atenção para Luciano, que apresentava dores na panturrilha direita nos dias anteriores ao confronto diante do Palmeiras.

Com tratamento para parar as dores, o camisa 10 também superou o problema físico para jogar 45 minutos. A substituição no intervalo ocorreu pelo retorno do incômodo, com Dorival optando por preservar o parceiro de Calleri.

– Luciano também acabou sentindo, seria um risco grande trazê-lo para a segunda etapa – concluiu Dorival Júnior, que tem os dois atacantes como dúvida para domingo, às 16h (de Brasília), contra o Bragantino, fora de casa. O jogo de volta contra o Palmeiras será no dia 13, às 20h, no Allianz Parque.

Globo Esporte