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A construção de dois estádios novos pelos rivais – Allianz Parque e Arena Corinthians – deixou o São Paulo em inferioridade em arrecadação em bilheteria na capital. Mas a diretoria são-paulina aposta no sucesso na Libertadores para reduzir essa vantagem dos rivais. De fato, o dinheiro arrecadado na competição ultrapassará R$ 10 milhões com o jogo diante do Atlético-MG, nesta quarta-feira.
Levantamento do blog mostra a distância entre os rivais paulistas em bilheteria em 2015. O Palmeiras teve arrecadação de R$ 87,2 milhões com jogos em 2015. A Arena Corinthians registrou R$ 73,8 milhões em receita líquida, segundo o balanço do fundo. Enquanto isso, o Morumbi rende R$ 52,3 milhões ao São Paulo, sendo R$ 29 milhões em bilheteria e o restante com alugueis, camarotes e publicidade.
Mas, neste ano, o São Paulo já conseguiu R$ 9,5 milhões com partidas da Libertadores. É provável que atinja um valor superior a R$ 3 milhões com arrecadação contra o Galo. Houve um crescimento de R$ 20,00 para os jogos nas quarta-de-final.
“Acho que a Libertadores vai fazer muita diferença. Nossa expectativa é anunciar mais de 60 mil no Morumbi”, contou o vice-presidente de Comunicação e Marketing do São Paulo, José Manssur. “O segredo no Morumbi é encontrar o valor certo para o ingressos. Nem tão barato que não dê dinheiro mesmo com estádio cheio, nem tão caro que afaste o torcedor. E esse ano acho que o clube acertou.”
Com o público das quartas de final, o São Paulo certamente vai ultrapassar a média de público do Corinthians nesta edição da Libertadores, mas não irá superar a renda. Isso porque os ingressos no estádio em Itaquera são bem mais caros.
“Não acho que isso ocorra porque o estádio é mais moderno. A questão é que o Morumbi é maior e tem maior oferta de lugares, enquanto os estádios do Corinthians e Palmeiras têm 40 mil lugares. É a lei da oferta e da procura. As pessoas sabem que têm de correr porque há poucos assentos”, analisou Manssur.
Por enquanto, o São Paulo não tem projetos de renovação do Morumbi como ocorria anteriormente. A análise da diretoria são-paulina é de que se perdeu o timing da reforma para modernizá-lo. Assim, a ideia é aposta em medidas pontuais de gestão do estádio para aumentar sua receita. Serão negociadas algumas propriedades novas, e há um calendário de eventos.
Não será o suficiente para superar a receita de rivais. Mas, pelo menos, o dinheiro que entra para o São Paulo fica em seus cofres e não é destinado para pagar o estádio como no caso corintiano.