Conselho do São Paulo vai votar mudança para eleição de presidente

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Alteração, se aprovada, vai dar direto a voto a cerca de seis mil associados. Atualmente, apenas 260 conselheiros decidem quem comanda o clube

O Conselho Deliberativo do São Paulo vai votar na próxima terça-feira uma possível mudança para a eleição de presidente do clube. A proposta assinada por 50 conselheiros foi encaminhada na semana passada para comissão legislativa, que agendou o pleito para o dia 5 de setembro.

A proposta enviada alteraria o processo eleitoral são-paulino, mas sem especificar se a mudança serviria para a atual eleição ou para a próxima em 2026.

Segundo o atual estatuto, somente os conselheiros (260) votam diretamente no pleito. A mudança iria abranger o voto dos cerca de seis mil sócios do Tricolor.

Os sócios participariam da primeira etapa, que define a qualificação das chapas para o pleito, e da segunda, a eleição propriamente dita para definir o presidente da diretoria, cargo atualmente ocupado por Julio Casares.

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A eleição para presidente no clube ainda é indireta, feita pelos conselheiros. Antes dessa escolha, porém, os sócios elegem 100 novos conselheiros, que formarão o colegiado com os outros 160 vitalícios.

Caso os conselheiros aprovem a proposta de mudança na eleição para a presidência, a mudança estatutária vai para a assembleia geral, que reúne os associados. A alteração somente se tornaria definitiva se passar pelo crivo dos sócios.

Dentro do conselho deliberativo são-paulino acredita-se que seria inviável a mudança interferir na eleição deste ano, em virtude da falta de tempo hábil para todo processo.

Os prazos delimitados no próprio estatuto praticamente descartam a viabilidade para todo o processo ocorrer antes da eleição do fim do ano, que tem Julio Casares como favorito para a reeleição.

Assim, a mudança se aprovada ficaria para a eleição de 2026, data do fim da próxima gestão da presidência são-paulina.

A oposição do São Paulo ainda não anunciou um concorrente para Julio Casares na eleição prevista para o fim do ano. Marco Aurelio Cunha e Sylvio de Barros são os mais cotados para a disputa no fim do ano.

O atual presidente poderá ser candidato à reeleição diante de uma mudança estatutária ocorrida no ano passado. Antes, o documento vetava a reeleição no São Paulo.

Porém, conselho e associados aprovaram a reeleição já para o atual pleito, que abre caminho para Casares permanecer mais três anos no cargo. O dirigente, contudo, ainda não confirmou se tentará um novo mandado, embora situação e oposição tratem-no como candidato.

Globo Esporte