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Arthur Sandes
Tricolor volta à final do torneio após 23 anos em busca do título inédito; veja onde estão os jogadores que ficaram com o vice-campeonato diante do Cruzeiro.
Vinte e três anos depois, o São Paulo volta a uma final de Copa do Brasil em busca mais uma vez de um título inédito. Calleri, Lucas e cia. vão tentar contra o Flamengo, neste domingo e no próximo, às 16h, o que Rogério Ceni, Raí e França não conseguiram em 2000.
Melhores momentos de Cruzeiro 2 x 1 São Paulo, pela final da Copa do Brasil de 2000
O Tricolor de Levir Culpi chegava embalado naquela final, pois havia sido campeão paulista três semanas antes: o empate por 2 a 2 com o Santos de Dodô e Rincón teve dois golaços de falta, um de Rogério, e outro de Marcelinho Paraíba.
Na Copa do Brasil, a campanha vinha sendo segura até a final contra o Cruzeiro.
O único susto tinha sido justamente na estreia, quando o São Paulo tomou uma virada por 2 a 1 do Comercial-MS e teve que espantar a zebra na volta. Depois, eliminou Sinop-MS e América de Natal com quatro vitórias seguidas. Veio o Palmeiras, e mais duas vitórias, uma delas com gol de letra de Raí no Parque Antarctica.
Na semifinal foi a vez de eliminar o Atlético-MG. Dois gols no finalzinho fecharam os 3 a 0 na ida, no Morumbi, e a volta teve três gols e show de Marcelinho Paraíba para confirmar a vaga na decisão com o empate por 3 a 3. Infelizmente para o Tricolor, a primeira final disputada na Copa do Brasil terminou no vice para o Cruzeiro: empate sem gols em casa, e derrota de virada por 2 a 1 no Mineirão.
De lá para cá, o São Paulo jogou a Copa do Brasil outras 15 vezes. Em cinco delas foi até a semifinal, mas só neste ano conseguiu alcançar novamente a decisão. A ida contra o Flamengo é no Maracanã, e a volta, no Morumbi, às 16h (de Brasília) deste e do próximo domingo.
São Paulo foi campeão paulista semanas antes da final da Copa do Brasil de 2000 — Foto: Arquivo Histórico do São Paulo FC
Abaixo, o ge mostra onde estão os finalistas titulares do São Paulo e os que entraram na decisão da Copa do Brasil de 2000.
Rogério Ceni
Considerado por muitos como o maior ídolo da história do São Paulo. É o recordista mundial de jogos por um mesmo clube (1.187) e de jogos como capitão de um time (957), além de ser o goleiro com mais gols marcados (129) — os números são dos critérios do Guinness World Records.
Como treinador, Ceni já comandou cinco equipes, incluindo duas passagens pelo Tricolor, além de Fortaleza, Cruzeiro e Flamengo. Ele deixou o clube em abril, e agora começa um novo trabalho no Bahia. Seu principal título foi o Brasileirão com o time carioca.
Rogério Ceni na chegada ao Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação
Belletti
Deixou o São Paulo em 2002, após ser pentacampeão mundial com a seleção brasileira. Quatro anos depois, fez um gol de título de Liga dos Campeões pelo Barcelona.
Aposentado, já foi comentarista do sportv e treinou o sub-20 do Tricolor. Atualmente tem escolinhas de futebol no Brasil e é assistente técnico nas categorias de base do Barça.
Belletti foi técnico do sub-20 do São Paulo — Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net
Edmílson
Deixou o São Paulo em 2000 e fez carreira na Europa. É mais um penta com a Seleção, este como titular da zaga. Atualmente é sócio e presidente do Ska Brasil, time que joga a quarta divisão do Campeonato Paulista, mas se notabiliza pela formação de jogadores nas categorias de base.
Edmílson e Hernanes visitaram o CT do São Paulo há cerca de três meses — Foto: Divulgação
Rogério Pinheiro
Ficou marcado naquela Copa do Brasil pela expulsão na final. Saiu do São Paulo no ano seguinte e passou pela Coreia do Sul antes de se aposentar em 2009. Fez cursos para virar técnico e estágios com Felipão e Muricy Ramalho, mas nunca conseguiu engrenar. Atualmente é agente de jogadores.
Rogério Pinheiro ao lado de Felipão — Foto: Divulgação
Fábio Aurélio
Foi vendido pelo São Paulo ao Valencia, da Espanha, em 2000, no mesmo ano em que disputou os Jogos Olímpicos. Jogou seis temporadas pelo Liverpool antes de se aposentar no Grêmio, com a carreira atrapalhada por lesões. Hoje em dia é agente de jovens jogadores, e recentemente voltou ao noticiário em um atrito com Neymar.
Fábio Aurélio em atuação pelo Valencia — Foto: Adam Davy/Getty Images
Alexandre Rotweiller
Deixou o São Paulo em 2001 para jogar no Internacional, voltou em seguida, saiu para Portugal e encerrou a carreira em times menores no Brasil. Atualmente é funcionário do empresário Wagner Ribeiro e também o volante do time de lendas do Tricolor.
Maldonado
Teve a carreira recheada de grandes clubes: do São Paulo ao Cruzeiro, depois Santos, Flamengo e Corinthians. Também passou pelo Fenerbahce e retornou ao Colo-Colo, que o tinha revelado, para se aposentar em 2015. Foi auxiliar de Maurício Barbieri no Red Bull Bragantino e no Vasco, mas atualmente está sem clube.
Raí
Dispensa apresentações. O camisa 10 tricolor se aposentou semanas após aquela final e passou a comandar a Fundação Gol de Letra, que atende crianças e adolescentes.
Foi executivo de futebol do São Paulo por três anos, mas saiu após a demissão de Fernando Diniz em 2021. Atualmente é um dos sócios do Paris FC, clube menos famoso da capital francesa, e dono de bar e de cinema na capital paulista.
Raí é ídolo do PSG e um dos sócios do Paris FC — Foto: Divulgação/Paris FC
Marcelinho Paraíba
Tinha sido decisivo naquela Copa do Brasil e abriu o placar do jogo no Mineirão. Nos acréscimos, um cabeceio dele foi salvo em cima da linha.
Dias depois ele embarcou para jogar no Olympique de Marselha, da França. Voltou ao São Paulo em 2010, para uma passagem discreta. Parou de jogar em 2020, mas seguiu na várzea. Também virou treinador e já comandou quatro times na Paraíba, mas atualmente está sem clube.
Edu
Foi camisa 10 da seleção brasileira no Pré-Olímpico de 2000, deixou o São Paulo para jogar na Espanha e lá passou quase uma década.
Depois, foi campeão da Libertadores com o Internacional antes de se aposentar nos Estados Unidos. Atualmente é agente de jogadores na mesma empresa de Fábio Aurélio.
Edu, do São Paulo, comemora gol sobre o Corinthians, no Paulistão de 2000 — Foto: Reprodução
França
Ficou no Tricolor até 2002, depois foi jogar na Alemanha e ser ídolo no futebol japonês. Atualmente é influencer no universo são-paulino nas redes sociais, com frases em inglês e vídeos irreverentes, alguns comparando gols feitos por ele com chances perdidas por jogadores.
França em visita ao Morumbi — Foto: Divulgação/saopaulofc.net
Axel
Entrou no lugar de Alexandre na final. Virou treinador e está atualmente no São Caetano. Treinou também times como Jabaquara, Taboão da Serra e Portugesa Santista.
Axel, técnico do São Caetano — Foto: Comunicação/AD São Caetano
Fabiano
Virou empresário de jogadores e técnicos. Genro de Vanderlei Luxemburgo, técnico do Corinthians, é também agente do sogro. Na final contra o Cruzeiro, ele entrou na vaga de Edu.
Carlos Miguel
Na decisão, entrou no jogo no lugar de França. Continua trabalhando no futebol. Atualmente é auxiliar técnico do sub-20 do Grêmio.
Levir Culpi
O técnico foi campeão por nove times diferentes no Brasil, com destaque para Atlético-MG e Cruzeiro, e encerrou a carreira em 2021. Atualmente é um dos apresentadores de um podcast sobre futebol.
Ex-técnico Levir Culpi recebe Alex em podcast sobre futebol — Foto: Reprodução/YouTube
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