Dorival analisa dificuldade de armar o São Paulo sem Calleri e prevê Choque-Rei “perigoso”

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O técnico Dorival Júnior está quebrando a cabeça para escalar o São Paulo desde que o atacante Calleri virou ausência. Artilheiro da equipe neste ano, o argentino precisou passar por uma cirurgia no tornozelo e não jogará mais nesta temporada.

Com o desfalque de seu maior goleador, o treinador tem armado o Tricolor sem uma referência no ataque. Luciano foi o escolhido para atuar centralizado na partida contra o Goiás, mas não agradou. Diante do Grêmio, no Morumbi, o quarteto formado por James Rodríguez, Michel Araújo, Lucas e David se revezou, gerando muita movimentação no setor.

Após a vitória por 3 a 0 sobre o time gaúcho, pelo Campeonato Brasileiro, Dorival comentou a dificuldade de montar o São Paulo sem um camisa 9. A equipe atuou desta maneira durante toda a temporada e tem sofrido para se acostumar a um novo esquema de jogo.

Um dos possíveis substitutos para Calleri, o centroavante Erison ainda está retornando de uma lesão na coxa. O comandante, aliás, revelou que o jogador poderia ter uma contusão mais grave se fosse escalado como titular no último sábado.

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“É muito difícil para uma equipe que jogou o ano todo com um jogador de referência, mudar esse esquema. E acho que a equipe vem correspondendo, fora o jogo de Goiânia. O que eu vejo é uma equipe tentando se readaptar a um sistema. Se nós tivéssemos a presença de uma figura como o Calleri ou o Erison, poderia ser diferente”, avaliou Dorival.

“O Erison não podemos esquecer que ficou um longo período afastado. Se eu colocasse ele hoje desde o início, teria uma chance muito grande de acontecer uma lesão muscular mais grave”, acrescentou.

O próximo compromisso do Tricolor na temporada é nada mais nada menos do que diante do Palmeiras. O Choque-Rei acontece na quarta-feira, a partir das 20h (de Brasília), no Allianz Parque, pela 29ª rodada do Brasileirão.

Apesar do rival viver um momento conturbado, com direito a protestos da torcida contra a diretoria, Dorival não enxerga o São Paulo como favorito. Ele projeta uma partida difícil contra um rival “perigoso”, ainda mais se tratando de um jogo fora de casa, onde o time ainda não venceu neste Brasileirão.

“Teremos um jogo muito complicado, um clássico, independente do momento das equipes. Dizem que o Palmeiras está em uma instabilidade, mas não deixa de ser uma equipe perigosa de se jogar. Não há outra coisa a não ser o trabalho para tentar buscar um bom resultado fora de casa”, disse o treinador.

Mais distante do Z4, o São Paulo agora soma 38 pontos conquistados no torneio, subindo para a décima posição da tabela. A distância para a zona de rebaixamento é de oito pontos, mas pode cair para cinco a depender dos demais resultados desta rodada.

Gazeta Esportiva