Maicon, Michel Bastos e alguns outros titulares bateram pênaltis na última atividade do São Paulo antes da partida contra o Atlético-MG, pelas quartas de final da Libertadores. Por conta própria, e não por orientação do técnico Edgardo Bauza, que surpreendeu ao dizer que, para ele, esse tipo de treino não adianta nada. Veja por que:
– Eu nunca treino pênaltis. É muito diferente treinar agora e depois bater com 40 mil pessoas no estádio. No momento, se precisar, escolho os cinco que estiverem mais bem preparados.
A vaga na semifinal só será decidida nas penalidades se o Atlético-MG vencer por 1 a 0, vantagem que o São Paulo construiu no Morumbi, na semana passada. Os paulistas precisam de qualquer empate ou derrota por um gol de diferença, desde que também façam pelo menos um gol. O Galo precisa de dois gols ou mais de vantagem para avançar.
Em 80 minutos sem a presença de jornalistas, o São Paulo fez um treino tático e deu ênfase à bola parada ofensiva e defensiva, uma preocupação do Patón:
– As duas equipes têm boa bola parada, o Atlético-MG tem quatro jogadores com mais de 1,90m e é uma preocupação para nós. É algo que praticamos muito, temos muitos gols de bola parada, mas amanhã vai estar parelho. Será duro para nós.
O São Paulo está definido: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Ganso e Michel Bastos; Calleri.
Maicon e Michel saíram de campo com enormes bolsas de gelo nas pernas, mas apenas por precaução. Tratamento normal de quem teve problemas recentes. Eles vão jogar.
Leia abaixo os demais trechos da entrevista coletiva de Edgardo Bauza:
Postura com vantagem
– Não vai mudar o estilo do São Paulo nem o do Atlético. Os dois vão jogar como vêm jogando. Não se pode mudar a forma de jogar. A equipe local vai pressionar muito, tratar de por muito ritmo na partida, teremos que ser muito inteligentes para sairmos dessa situação. Os gols são consequência do que cada equipe pode fazer. Nossa missão é classificar, temos 90 minutos para trabalhar. Oxalá possamos conseguir.
Que jogador preocupa mais?
– O Atlético tem jogadores de “jerarquia” (termo usado por Bauza para designar jogadores de peso, decisivos, com currículos vencedores), atacantes perigosos de muita altura. Preocupa como equipe, nenhum jogador em especial.
Ganso titular
– Não tem a ver com buscar o gol, tem a ver sobre como eu vejo o Ganso, e eu o vejo muito bem, por isso vai começar o jogo. Cada formação é escolhida para cada partida, ele vai começar essa porque eu o vejo bem. Oxalá possa fazer um bom jogo.
A um passo da semifinal
– Não entendo como planejar um trabalho sem pensar em ser campeão, não entendo isso. Ser campeão não é fácil, é uma luta, todas as pessoas querem. Mas estamos entre os oito melhores da América, isso não muda.
Robinho
– É um jogador de “jerarquia”, temos que prestar muita atenção. Se ele não jogar, há outros atletas que também são bons, é uma equipe de qualidade que vamos enfrentar.
Caiu no Horto…
– Vamos ter um estádio totalmente diferente do que está hoje, a torcida marcará presença, como foi no Morumbi. Mas, como sempre digo, a torcida não joga. São 11 contra 11, será difícil, e esperamos nos classificar.
Clima de guerra
– Não é guerra, mas é uma partida dificílima. Por sorte, é um árbitro internacional, que tem experiência, em quem eu confio, e conseguirá acalmar os jogadores. É uma final.
Veja as informações do Tricolor para o jogo contra o Atlético-MG nesta quarta-feira:
Local: Independência, Belo Horizonte-MG
Data e horário: quarta-feira, 21h45 (de Brasília)
Escalação provável: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Kelvin, Ganso e Michel Bastos; Calleri.
Desfalques: Wilder, Breno, Carlinhos, Daniel, João Schmidt, Caramelo e Centurión
Transmissão: TV Globo para SP, MG, RS, SC, PR, GO, TO, MS, MT, SE, PE (menos Petrolina), RN, PA (menos Santarém) e AP (com Cleber Machado, Casagrande, Bob Faria e Leonardo Gaciba) e SporTV (com Milton Leite e Mauricio Noriega)
Arbitragem: Andrés Cunha, auxiliado por Carlos Pastorino e Horacio Ferreiro (todos do Uruguai)