Os primeiros três anos da gestão de Julio Casares à frente do São Paulo foram marcados por muitas dificuldades financeiras, mas também por finais e títulos. Passada a primeira metade de sua administração, o atual mandatário agora espera elevar o nível do clube, mas com responsabilidade para que as contas tricolores não sigam “no vermelho”.
“Nós vamos continuar, é uma caminhada de reconstrução que leva um tempo. Três anos é pouco, subimos alguns degraus, no âmbito esportivo chegamos em quatro decisões e ganhamos duas. Chegamos antes em uma semifinal de Copa do Brasil”, comentou Julio Casares, reeleito na última sexta-feira.
Precisando equacionar as despesas, Julio Casares teve de encontrar um equilíbrio entre austeridade financeira e a montagem de um time competitivo. Fazer uma equipe forte sem dinheiro é uma tarefa quase impossível no futebol atual, mas a alta cúpula tricolor tem conseguido se reforçar, ganhar títulos e não aumentar as dívidas, que hoje gira em torno dos R$ 700 milhões.
“No legado financeiro houve um equilíbrio da situação financeira, o estancamento da sangria. No lado da governança conseguimos executar o que queríamos, como normas de compliance, inclusão do torcedor, que bateu o recorde de 1,5 milhão de pessoas no Morumbi em 2023. Vamos focar na continuidade da competitividade esportiva, no equilíbrio da questão financeira, trabalhando para diminuir a dívida”, completou.
Justamente por isso a tendência é que o São Paulo não desembolse altas cifras para contratar atletas nesta próxima janela de transferências. O clube deve seguir a estratégia dos últimos três anos, que é se aproveitar de oportunidades no mercado, como jogadores em fim de contrato ou sem clube, além de empréstimos com opção de compra fixada ao fim do período.
Atualmente o São Paulo tem Pedro Raul e Ferreirinha como alvos no mercado para reforçar o sistema ofensivo. O atacante Erick, ex-Ceará, e o volante Luiz Gustavo, que disputou a Copa do Mundo de 2014 com a Seleção Brasileira, já estão acertados com o Tricolor.
Gazeta Esportiva