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Crise política, trocas de técnicos, renúncia de presidente assolado por denúncias de corrupção e derrota histórica por 6 a 1 para o maior rival. O fim de 2015 do São Paulo fez com que o time chegasse desacreditado na Copa Libertadores deste ano. Na estreia da fase de grupos, a derrota no Pacaembu para o The Strongest anunciou o fracasso. Três meses depois, o cenário aparece totalmente diferente: com a classificação diante do Atlético-MG, o clube do Morumbi chega às semifinais como o único brasileiro ainda vivo no torneio continental.
O bom momento é fruto do que aconteceu nos últimos três meses dentro do São Paulo. Hoje, o time que derrotou o Atlético-MG nas quartas de final no agregado de 180 minutos tem pouco a ver com aquele que perdeu do The Strongest em 17 de fevereiro. A começar pela escalação.
O time da estreia na fase de grupos teve Lucão, Centurión e Alan Kardec. Três protagonistas assumiram tais vagas: Maicon, contratado por empréstimo e herói da classificação sobre o Atlético-MG; Kelvin, que assumiu como ponta direita e deu equilíbrio ao setor ofensivo; e Jonathan Calleri, que desbancou Kardec e hoje é artilheiro da Libertadores.
Para Paulo Henrique Ganso, a principal mudança está na postura do elenco dentro de campo. Algo que foi causado pela fatídica derrota para o The Strongest. “Foi um divisor de águas. A equipe se uniu e se firmou como grupo na competição”, falou o camisa 10, ao SporTV.
Novo capitão do São Paulo, o volante Hudson também cita o mesmo episódio como divisor de águas do ‘novo São Paulo’. “A gente pagou muito por aquele resultado. The Strongest jogou por uma bola. A gente teve que correr atrás durante todo o campeonato para mudar nossa imagem”, disse.