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Perrone
Com o time classificado para as semifinais da Libertadores, a diretoria do São Paulo festeja o resultado das broncas que deu nos jogadores e das contratações feitas no início do ano. Nos dois casos, a direção buscava uma equipe com espírito valente para enfrentar os desafios do torneio continental. Agora conseguiu o que queria.
A avaliação é de que tanto cobrar que o elenco tivesse coração, que sentisse as derrotas e lutasse contra elas, o time passou a esbanjar valentia.
Além das cobranças, as contratações feitas para esta temporada buscavam dar esse perfil lutador à equipe. Foi assim com o técnico Edgardo Bauza, o argentino Calleri, o chileno Mena e o reserva Lugano. Mas um brasileiro, Maicon, é considerado internamente um dos principais responsáveis por fazer despontar a raça tricolor. Ele é citado como um dos que mais cobram atitude guerreira do time.
O fato de os são-paulinos não fugirem da briga, literalmente, contra Toluca, River Plate, The Strongest (na Bolívia) e Atlético-MG (principalmente no Morumbi) é apontado como prova de que a diretoria atingiu sua meta quando montou a equipe pensando na Libertadores.
Até uma forte discussão entre os atletas no vestiário após a goleada por 4 a 1 sofrida diante do Audax, no Campeonato Paulista, foi festejada como sinal de que o time estava incorporando o espírito desejado pelos cartolas.
O sentimento agora é de que se o São Paulo deixar passar a chance de ganhar a Libertadores, não será por falta de raça ou comprometimento, o que assombrava a diretoria no começo do ano.