Herói na Copa do Brasil, Nestor vira torcedor na Supercopa e diz: “Eu amo muito o São Paulo”

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O meia abriu mão das férias para acelerar recuperação de lesão; desfalque no domingo, ele brinca sobre chance de título contra o Palmeiras: “Vou invadir o campo e pegar medalha (risos)”

Após operar o joelho esquerdo em novembro de 2023 para correção de lesões no menisco e ligamento colateral medial, Rodrigo Nestor, do São Paulo, está em processo final de recuperação. O meia não curtiu as férias da maneira que gostaria e passou o período no setor de fisioterapia do clube, pensando em acelerar o processo para voltar aos gramados.

Ainda fora do time, o meio-campista, autor do gol do título tricolor na Copa do Brasil do ano passado, será obrigado a ver a disputa da Supercopa, contra o Palmeiras, dos camarotes do Mineirão, no próximo domingo. Sem poder colaborar dentro de campo, ele prepara o lado torcedor para apoiar os companheiros.

– Não vou falar que eu me sinto mal, porque ali tem jogadores espetaculares que vão dar conta do recado. Mas queria muito participar de um momento como esse. Queria muito participar, mas infelizmente tive que passar por esse processo. Mas vou estar lá em BH acompanhando, mandando minhas energias positivas para que se Deus quiser a gente seja campeão – disse o jogador, que brincou sobre como será a comemoração em caso de título.

– Vou invadir o campo e pegar medalha (risos).

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Num papo franco com o ge, Nestor comentou sobre a recuperação, o trabalho durante as férias, relembrou o gol histórico na final da Copa do Brasil e também comentou sobre o início de trabalho do técnico Thiago Carpini.

– É difícil ver as pessoas viajando, mas também não tinha viagem marcada. Ficamos eu e o Igor, o fisio do São Paulo. A gente ficou tratando, conversando. Depois ainda deu tempo de ficar três dias em Floripa. Foi bom, valeu a pena. Estou me sentindo bastante bem agora.

Veja como foi a entrevista:

Falando sobre a Copa do Brasil, o que passa na cabeça quando você vê a bola balançando a rede?
– Cara, eu lembro que quando eu chuto nem consigo ver a bola batendo na rede. Mas eu já saio totalmente emocionado. Parece que está tudo mudo, não escuto ninguém gritar. Não escuto nada. Quando eu vou ver, já estou sendo abraçado pelos meus companheiros. Lembro de ter sentido muita emoção. Ter sentido vontade de chorar, de gritar. Foi o que eu fiz: chorei, gritei, pulei…

E você fala: “eu amo vocês”. Foi planejado?
– Não, ali saiu porque o coração estava cheio. Eu amo vocês. Foi direcionado à torcida, mas também à minha família, que estava do outro lado, que sofreu demais comigo. Com algumas situações que eu passei aqui, muitas vezes injustas. Mas faz parte do coração. Falei porque o coração estava cheio. Eu amo de verdade essa torcida, o campo, a trave, o time, o vestiário… Eu amo muito o São Paulo. 

Como foi o momento pós-lesão e este processo de recuperação?
– Foi um momento muito complicado. Quando eu descobri que teria que operar, eu queria o quanto antes. Falei para os fisioterapeutas para ganharmos tempo. Quando eu descobri, no outro dia eu já operei. Optei juntamente com o corpo médico do São Paulo para ficar lá tratando para perder o mínimo possível da temporada. Agora já estou em fase final. Acho que dentro de uma ou duas semanas devo começar a transição. Aí conforme for evoluindo, devo ser liberado para poder voltar aos gramados.

Como foi optar pelo tratamento nas férias? Ver as pessoas em praias, viajando e você ali focado. Como foi isso?
– É difícil ver as pessoas viajando, mas também não tinha viagem marcada. Ficamos eu e o Igor, o fisio do São Paulo. A gente ficou tratando, conversando. Depois ainda deu tempo de ficar três dias em Floripa. Foi bom, valeu a pena. Estou me sentindo bastante bem agora.

O São Paulo está passando por um momento de transição na área técnica. Como tem acompanhado o trabalho do Thiago Carpini?
– Conversei pouco com ele. Mas aparenta ser um técnico jovem, que está tendo a chance da sua vida. Ele quer mostrar demais. E está dando certo: o pessoal está entendendo, está gostando bastante dele. E a tendência é que as coisas melhores mais ainda.

Você pode fazer mais de uma função: meia central, aberto pela esquerda, segundo volante… Essa versatilidade ajuda a buscar um lugar no time?
– Sim. Lógico que se você joga em mais de uma posição, você sempre pode estar dentro de campo. Temos prós e os contras, mas eu prefiro olhar mais pelos prós. Quero estar sempre em campo. Quando eu voltar, vou batalhar pra buscar meu espaço.

Será uma temporada de muitos campeonatos importantes. Qual é a sua expectativa para 2024 e para a disputa da Libertadores, um campeonato que a torcida são-paulina tem um sentimento especial?
– Estou muito ansioso para voltar aos gramados, principalmente para jogar a Libertadores. O ano que eu joguei não tinha torcida, então estou ansioso pra ver esse Morumbi lotado em uma noite de Libertadores. Mas acho que a principal ansiedade é voltar aos gramados pra jogar qualquer campeonato, seja Paulista, Brasileiro, Copa do Brasil ou Libertadores.

Globo Esporte