Rodrigo Caio revela participação de namorada de Aidar em negociação

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GloboEsporte.com

Rodrigo Caio São Paulo (Foto: Ale Cabral/Estadão Conteúdo)Rodrigo Caio chegou a ser vendido em 2015, mas retornou (Foto: Ale Cabral/Estadão Conteúdo)

Em junho do ano passado, o São Paulo anunciou a venda do zagueiro Rodrigo Caio para o Valencia por R$ 44 milhões. Quando o atleta viajou para assinar seu contrato, as condições contratuais haviam mudado, e o jogador desistiu do negócio. Na época,chegou a se falar que ele havia sido barrado nos  exames médicos, o que não era verdade. O beque ficou irritado com seus empresários, os ex-jogadores Deco e Luizão, tanto que acabou trocando de representantes assim que voltou ao Brasil.

Na Europa, Rodrigo também ficou surpreso ao encontrar Cinira Maturana, a namorada do então presidente Carlos Miguel Aidar, que a designou para participar da negociação.

– Imaginava que algum dirigente iria. Que fosse presidente, vice-presidente, diretor… Era uma negociação muito alta, que poderia ajudar muito ao clube e não aconteceu. Faltou daquela diretoria alguém viajar comigo. Acredito que seria o Gustavo (Oliveira), mas ele tinha acabado de sair do clube (pediu demissão e voltou em outubro). Tive uma surpresa muito grande quando encontrei a Cinira lá – afirmou o jogador, em entrevista ao site Lancenet.

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Rodrigo Caio disse que desistiu de tudo assim que percebeu que os valores de salários e luvas eram diferentes do que havia sido combinado anteriormente.

– Poderiam voltar atrás e me pagar uma fortuna que eu não ficaria. O mais importante é a confiança que tenho nas pessoas. Quando isso não existe, quando a pessoa diz uma coisa e não é verdade, para mim acabou. Acaba prestígio, acaba dinheiro. Era o meu futuro que estava sendo decidido. Fiquei muito triste, mas de consciência tranquila em voltar e recomeçar o que tinha parado. Recomecei e vejo que minha decisão foi mais do que certa – ressaltou o defensor.

Meses depois, foi revelado que Aidar, que negava a participação da namorada, havia enviado Cinira para participar da negociação como representante da diretoria do São Paulo. Para Rodrigo Caio, era claro que a imprudência do dirigente custaria caro. Ele renunciou ao cargo de presidente em outubro do ano passado, sendo substituído por Carlos Augusto de Barros e Silva.

– Todo mundo sabia, inclusive o Aidar, que isso explodiria. Era impossível esconder a participação dela lá. Tentei ficar na minha, calado, porque não interferiu na minha decisão. Não gostei da forma como foi conduzida a negociação e voltei. Não mudou nada para mim, tomaria aquela decisão com qualquer pessoa. O que pesou foi o apoio da minha família. Eu, particularmente, esqueci, tirei da minha cabeça. Foi algo que me deixou muito triste. Faz parte do passado – disse o jogador, titular absoluto da zaga são-paulina ao lado de Maicon.