Carpini evita polêmica com Abel e cobra expulsão de Ríos: ‘O maior erro’

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O técnico Thiago Carpini, do São Paulo, fugiu de comentar o comportamento de Abel Ferreira e disparou críticas ao árbitro Matheus Delgado no empate por 1 a 1 contra o Palmeiras.

O que aconteceu

Carpini fugiu de se manifestar ao ser questionado sobre uma suposta influência do treinador palmeirense na arbitragem. Após a partida, o presidente do São Paulo, Julio Casares, subiu o tom e disparou: “Chega de o Abel apitar jogo”.

Ele também afirmou que o maior erro do árbitro foi não ter expulsado Richard Ríos pela solada em Pablo Maia. Além desse lance, o clássico ficou marcado por duas polêmicas do VAR: no pênalti para o Palmeiras e na penalidade não dada em Luciano.

Não vou falar nada [sobre Abel]. Comportamento dos adversários, área técnica, cada um tem a sua opinião, prefiro não externalizar a minha. Não gosto disso, procuro responder perguntas, mas qualquer coisa que eu diga vai virar polêmica. Não vem ao caso o que eu penso.

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Critérios bem diferentes [nos lances de pênalti]. Presidente já se posicionou. Para mim, mais que lance do Rafael e do Luciano, foi o do Ríos. Discernimento da regra, indefere à decisão da arbitragem o desfecho da jogada. Independentemente de ter sido gol ou não, regra tem que ser aplicada. Na minha opinião, foi o maior erro dele. Não adianta ficar batendo na arbitragem, mas não é a primeira vez que temos algum tipo de queixa.

Thiago Carpini, em coletiva

O que mais Carpini disse

Medidas diferentes: “Vi em vários momentos toda a comissão [do Palmeiras] na área técnica. Tivemos também, mas de maneira muito menos acintosa. Essa regra de um peso diferente não se aplicou fora de campo”.

Mais tempo para James: “O próprio atleta tem que falar o quanto ele suporta [de tempo em campo]. Se pudesse ter o James 90 minutos, claro que queria. O que vocês veem, eu vejo também, todos os dias. Mas o cuidado que temos com James, ele não fez pré-temporada. Queremos ele mais em campo, mas precisamos respeitar o processo do atleta. Vamos ter uma semana livre, talvez melhore um pouco mais. Vai chegar um ponto que só vai melhorar jogando, mas para chegar nisso sem risco de perder o atleta, temos que ir com um pouquinho de calma. O planejado para ele está bem definido. Momento que vai depender do atleta, o quanto ele suportar em campo. A gente espera que possa acontecer rápido, tecnicamente não precisamos falar do que ele é”.

Estratégia no Choque-Rei: “A intenção era deixar um pouco a bola com os zagueiros do Palmeiras, foi assim que roubamos a bola e fizemos o gol. O Palmeiras trocar passes dá ar de superioridade, mas trocaram onde nada acontecia, longe do nosso gol. Começou a ter um pouco de impaciência do Palmeiras, para mim é uma falsa posse de bola, construção que não progride. Controle de jogo muito menos. Funcionou o que agente trabalhou, controlamos o Palmeiras, um adversário a ser batido, com comportamento em campo muito sincronizado. Fomos melhores na partida na minha opinião”.Continua após a publicidade

Situação na tabela: “Não acho que o São Paulo está preocupadíssimo nessa situação. Complicado se estivéssemos fora ou dependêssemos de fazer resultado e torcer pelos outros. Poderíamos estar numa situação mais confortável, mas não foi o que aconteceu. Situação não é desesperadora. Avançar de fase depende só do São Paulo. Grupo mais difícil da competição e disputa acirrada”.

Mercado da Bola: “Conseguimos concluir situação do André [Silva], disputa em que o São Paulo foi muito competente. Ele está muito feliz e a gente com a chegada dele. Outras situações que pontuei de necessidade: zagueiro canhoto, mais um lateral esquerdo.”

Análise da partida: “Mais um jogo para nós desafiador, não ter um atacante de referência, Calleri, nos faz falta. Virar uma alternativa diferente e funcionar tão bem, neutralizamos o Palmeiras nos principais aspectos do adversário, criamos melhores chances, tudo isso foi muito bom. Queria exaltar coletivamente o que foi o jogo do São Paulo hoje. Não que a gente use o Estadual de laboratório, queremos sempre ser campeões, mas nos damos ao luxo em alguns momentos de experimentar alternativas”.

Ferreira: “Outra grande partida, é um cara de desafogo, de 1 contra 1. Cumpriu uma função diferente, foi bacana. Mostra o que os jogadores estão dispostos a fazer pelo São Paulo, pelo nosso projeto. Mais uma boa opção que a gente vem ganhando. O que preocupa um pouco agora é a sequência, ele vem participando de quase todos os jogos, mas tem a semana livre.”

Esquema com três zagueiros: “Penso também [em usar] com Calleri. A gente consegue ter uma sustentação, saída de bola bem organizada sem ter que baixar um lateral para fazer 3º homem e ficar uma distância maior, preencher mais o meio. É uma alternativa que ganha nesses momentos com Welington, Igor Vinicius, jogadores de corredor. Esse sistema funciona bem com Calleri também, podemos com certeza usar”.

Não mexer na zaga durante a partida: “Não ia mexer onde para mim estava consistente, tirar zagueiro. Palmeiras colocou mais atacantes. Queríamos e merecíamos a vitoria, mas nem tudo conseguimos controlar. Foi muito satisfatório o que produzimos, e não tinha porque mexer numa estrutura bem encaixada. Ia ficar exposto, tentei dar desafogo com Erick em vez de abrir mão de setor organizado”.

UOL