Julio Casares, presidente do São Paulo, descarta procurar John Textor para esclarecer as denúncias feitas pelo norte-americano, conforme apurou a coluna.
A avaliação é de que não há clima para uma conversa com o dono da SAF do Botafogo porque ele jogou as acusações na imprensa em vez de procurar o São Paulo para explicar os dados que diz ter em mãos sobre suposta manipulação de resultado.
O fato de o botafoguense tornar o episódio público sem ao menos procurar o São Paulo antes foi considerado no Morumbi um gesto de ruptura. O dono da SAF do Botafogo e Casares mantinham boa relação até então.
Na última segunda (1), Textor publicou comunicado afirmando que atletas do São Paulo manipularam partida vencida pelo Palmeiras por 5 a 0, pelo Brasileirão de 2023.
Na ocasião, ele sustentou que “segundo experts e inteligência artificial”, a goleada foi manipulada por pelo menos cinco jogadores tricolores.
A manipulação teria vínculo com apostas. Porém, o norte-americano não apresentou provas publicamente.
Em entrevista após a derrota de seu time para o Junior Barranquilla, na última quarta (3), Textor falou sobre não ter procurado o dirigente são-paulino.
“Julio, São Paulo… Cara, você é meu amigo. Eu não pude falar com você sobre isso por causa da natureza das provas que eu tenho”, disse Textor na ocasião. Ele afirmou também que prestou depoimento e entregou as provas que alega ter para a polícia.
Procurado, Casares não deu entrevista sobre o assunto. Ele se manifestou publicamente a respeito do tema na terça-feira desta semana.
“É lamentável que instituições importantes do nosso futebol sejam atingidas por um ato impensado, irresponsável, e sem nenhuma conotação ao Botafogo. Ele é dono de uma SAF, o Botafogo como instituição tem nosso respeito, a nossa admiração”, disse o presidente são-paulino em parte de seu depoimento.
UOL