Carpini vive ápice da pressão no São Paulo e balança antes de sequência difícil fora de casa

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Tricolor encara como visitante o Flamengo e Atlético-GO pelo Brasileiro, além do Barcelona, na Libertadores. Jogos longe do Morumbi foram motivo de dor de cabeça no ano passado

Thiago Carpini repetiu após a derrota de sábado para o Fortaleza por 2 a 1, no Morumbis, que o risco de perder o emprego no São Paulo não é algo que o preocupa, mas o técnico vive seu momento de maior pressão no clube.

– O resultado é o que move tudo, mas tem o dia a dia, as ideias, o comando, a gestão, o respaldo do trabalho. E o resultado precisa vir ou a troca é inevitável. Isto não me preocupa, trabalho para fazer o melhor ao São Paulo – respondeu.

Xingado de “burro” pelos torcedores que assistiram ao revés em casa na estreia do Tricolor no Campeonato Brasileiro, o técnico segue no cargo, mas terá uma sequência dura nos próximos dias, incluindo três jogos seguidos como visitante.

Na quarta, o São Paulo visita o Flamengo, no Rio de Janeiro, e domingo duela com o Atlético-GO, em Goiânia. Os dois confrontos são válidos pelo Brasileirão. Na quinta-feira seguinte, o Tricolor vai a Guayaquil, no Equador, enfrentar o Barcelona, pela terceira rodada da Conmebol Libertadores.

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O desempenho como visitante foi uma dor de cabeça no ano passado, antes de Carpini chegar. Em 2023, o clube chegou a bater um ano sem vitórias longe do Morumbis e teve um dos piores desempenhos fora de casa entre os times que jogaram o Brasileiro, com uma vitória em 19 jogos.

– Cada ciclo é uma história, é fácil falar, mas vamos tentar passar a eles. São jogadores acostumados a desafios, adversidades, vitórias e derrotas. Conversar bastante, recuperar nossa autoestima. O que ficou para trás, ficou. Não só o jogo, mas o retrospecto ruim fora de casa, eu não estava aqui, não cabe a mim falar – respondeu Carpini.

– Tenho de falar do que preciso melhorar, e é nisso que vou focar nestes dias, de entender o que temos de melhor, fisicamente e tecnicamente, contra um adversário difícil fora de casa. Temos de ter um comportamento melhor em toda a partida, é o que o torcedor espera e o que esperamos também.

O próximo jogo como mandante do Tricolor será em 29 de abril e logo um clássico: contra o Palmeiras. Em meio a esses jogos, o clima para o treinador do São Paulo vem piorando, especialmente do lado de fora do CT da Barra Funda.

Os protestos de torcedores são cada vez mais frequentes. Apesar do título da Supercopa diante do Palmeiras no começo do ano, o time não vive bom momento, foi eliminado pelo Novorizontino no Paulista e tem como retrospecto em 2024: sete vitórias, seis empates e quatro derrotas.

Os jogadores saíram em defesa do comandante, como foi o caso de André Silva, que fez o gol tricolor na derrota para o Fortaleza e declarou que os atletas seguem confiando no trabalho do treinador.

– Claro que a maior parte (da responsabilidade pelo momento) é minha, sou o comandante. Seria cômodo para mim apontar erros. Isto não é meu papel, nem meu perfil. Tenho que tratar pontualmente de maneira interna e sou chato com eles. Não sei como eles (jogadores) gostam de mim, porque sou chato. Mas temos uma relação boa de falar a verdade – explicou.

– A gente divide a responsabilidade sempre. Por mais que seja cultural no nosso futebol o treinador ser o culpado, faz parte, é o ônus da profissão, mas internamente eles sempre solícitos a dividir a responsabilidades, se cobram muito e sabem que precisamos evoluir. Não vou expor ninguém, é falar dos meus erros, por ser um treinador jovem ainda vou errar e acertar muito na minha carreira, como os mais experientes erram o tempo todo. É um processo.

– A responsabilidade volta mais ao comandante e não me incomodo com isso. Quero que eles estejam tranquilos, felizes e em paz para desenvolver o que a gente precisa com melhoras, mas isso a gente trata internamente – completou.

Globo Esporte