Thiago Carpini afirmou que “não quer acreditar” que o São Paulo esteja no mercado buscando um novo técnico enquanto ele ainda está empregado no cargo. O treinador falou em coletiva após a derrota por 2 a 1 para o Flamengo.
“Não quero acreditar”. “Se a diretoria vem ou não conversando com outros nomes, não sei, quero acreditar que não porque sempre tivemos relação de muito respeito de ambas as partes. Então, vejo como especulação. Não teria problema nenhum a diretoria me comunicar se isso estivesse acontecendo, por um ponto final, se posicionar que sim ou que não, a partir do momento que isso não acontece, não quero acreditar que isso esteja acontecendo. Mesmo porque o clube também tem auxiliar da casa, clube poderia tomar outras providencias caso tomasse a decisão pela troca, então se isso não aconteceu até então, me sinto respaldado e sigo trabalhando”.
Respaldo. “Meu respaldo sou eu quem crio, meu trabalho, minha autoestima, minha maneira de ser, meu respeito ao meu trabalho, aos meus princípios, por mais que as pessoas tendam a desrespeitar o ser humano, falar do profissional eu respeito, mas tem extrapolado. Mesmo assim, sigo seguro e trabalhando.”
Continuidade
Quem tem que responder essa pergunta não sou eu. Me vejo fazendo o que sempre fiz para o São Paulo. Essa especulação já tem mais de 30 dias, sigo trabalhando enquanto eu for o comandante. Até então, sou.
Jogo
Em relação à partida, algumas situações vem acontencendo até pela instabilidade, pela fase ruim e isso tem aspecto negativo. ENfrentar o Flamengo aqui dentro é muito difícil, ainda mais com os problemas que temos para escalar. Enaltecer a entrega e a luta, tomamos o gol em momento que estávamos melhor na partida. As mexidas dentro do que imaginávamos buscar dentro da partida. Jogo grande. 2 a 1 no Maracanã contra o Flamengo não tem nada de absurdo. Criaram-se situações em que as coisas se potencializaram muito dentro do São Paulo.
Respaldado
Enquanto eu não for comunicado de nada, me sinto respaldado. Tudo que a gente ouve é especulação. Claro que a insatisfação de parte do torcedor é merecido. Imprensa tentando descobrir o que acontece, se é, se não é. Não mudei minha maneira de ser. Busco fazer sempre o meu melhor, representando a mim mesmo e à instituição. O respaldo, dentro daquilo que a gente imagina que possa ou não acontecer, me sinto respaldado enquanto não for comunicado de algo diferente. Derrota ruim, sofrida. Momento delicado do São Paulo, mas valorizo os atletas e o que nos propusemos a fazer dentro de campo. Ferreira não sei se tinha 100% de condições de atuar, mas ajudou.
Noticiário
Eu procuro fazer o meu melhor por mim mesmo. Tenho minha responsabilidade e respeito à instituição e jogadores. Acompanho pouco o noticiário, sabemos o que está acontecendo porque as informações chegam pela minha equipe. Não tenho rede social, gosto do que vivo no dia a dia com os atletas, na vida real e daquilo que sou capaz de fazer. Sou bom no que eu faço, mas erro muito, como todos. Muitos falam que os erros podem ser atrelados a minha idade, mas vejo pessoas com mais bagagem errando da mesma maneira. Minha vida sempre foi pautada dessa maneira. Melhorar com meus erros, aprender e evoluir.
Vestiário
De derrota, chateação. Criaram algumas situações e alguns gols fugiram do nosso controle. Lamentação. Conversa nenhuma, não falei com diretoria. Normal. Eles estiveram no vestiário cumprimentando como sempre fazem. Se algo acontecer, nem é momento para que exista essa conversa, caso aconteça.
Próximo jogo
Às vezes acho que as coisas tomaram proporção muito grande, exageradas. Momento é ruim, resultados não estão acontecendo. Antes da partida contra o Flamengo fiz uma análise de tudo que vivemos no São Paulo. Vivemos uma fase difícil, mas da maneira que as pessoas colocam as coisas, colocando em xeque a sua capacidade… Sou uma pessoa muita segura por aquilo que eu faço. Ninguém me colocou no São Paulo, cheguei pelos resultados que me trouxeram até aqui. Sei onde quero chegar, não é opinião alheia que vai mudar. Sigo tranquilo e trabalhando, talvez isso até me motive a encontrar soluções e saída. Compromisso comigo mesmo, tenho filhos e família, pessoas que me veem como referência. Em um momento como esse talvez só essas pessoas, mas é nelas que a gente procura se fortalecer e continuar trabalhando.
UOL