Kelvin surpreende com bolas paradas e vira arma de Bauza no São Paulo

186

GazetaEsportiva.net

Edoardo Ghirotto

Brazil´s Sao Paulo player Kelvin Mateus celebrates his goal against Mexico´s Toluca during their Copa Libertadores 2016 round before the quarterfinals second leg football match at Nemesio Diez stadium on May 04, 2016, in Toluca, Mexico. / AFP PHOTO / MARIA CALLS
Os escanteios cobrados por Kelvin se tornaram uma importante arma para o time de Edgardo Bauza (Foto: Maria Calls/AFP)

O técnico Edgardo Bauza já ressaltou diversas vezes a importância que o meia-atacante Kelvin adquiriu para o esquema tático do São Paulo. Mas poucos torcedores acreditavam que o jogador também assumiria uma função de destaque nas bolas paradas da equipe. O Patón pediu para o atleta assumir as cobranças de escanteio pelo lado direito do campo e viu sua escolha resultar em duas assistências decisivas.

No empate por 1 a 1 com o Strongest, em La Paz, Kelvin cobrou um escanteio na cabeça de Calleri para garantir a classificação às oitavas de final da Copa Libertadores. Na última quarta-feira, o meia-atacante voltou a ter papel de destaque na competição internacional ao bater o escanteio que resultou no gol do zagueiro Maicon, na derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, no Independência. O tento fora de casa possibilitou que o São Paulo avançasse às semifinais.

Publicidade

Prova da eficiência de Kelvin também pôde ser vista na derrota por 2 a 1 para o Inter, no Morumbi. As cobranças de escanteio do atleta provocaram pânico entre os zagueiros colorados e exigiram boas defesas do goleiro Danilo Fernandes durante o jogo. Em determinada ocasião, o argentino Centurión desistiu de cobrar um tiro de canto no lado esquerdo para que Kelvin pudesse alçar a bola para a área. Surpreendido com o rendimento, o meia-atacante fez questão de agradecer o apoio que recebeu de Bauza.

Renan, São Paulo durante treino no estádio do Morumbi, São Paulo SP, 27/04/2016, Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
Edgardo Bauza repete as cobranças de bolas paradas até ser atendido pelos jogadores (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

“Fazia muito tempo que não batia escanteio ou fazia outras cobranças de bola parada. Sempre tinham outros jogadores e os treinadores optavam por eles. Hoje o técnico confia em mim. Já dei duas assistências e fico feliz com isso, porque é uma coisa que estou aprendendo. Eu tenho a chance de dar sequência a esse trabalho e pretendo continuar concentrado na bola parada, porque ela pode mudar o jogo a nosso favor”, afirmou Kelvin.

As bolas paradas receberam um cuidado especial desde o primeiro dia em que Bauza assumiu o São Paulo. O Patón paralisa, orienta e repete as cobranças de escanteio e faltas até os atletas cumprirem o que ele considera ser ideal. A insistência do treinador levou o time a marcar gols de bolas paradas nas últimas sete partidas. Um levantamento feito pelo site oficial do clube aponta que sete dos últimos dez gols também saíram das jogadas ensaiadas – contando aqueles anotados após os rebotes das cobranças.

Para o zagueiro Maicon, os méritos devem ser todos revertidos ao trabalho do Patón. “O Bauza fala da importância de se ter uma bola parada forte, porque muitas vezes isso pode decidir o jogo. Na conversa e no dia a dia, ele mostra o caminho certo e o que a gente tem que fazer. E, felizmente, isso vem dando resultado. As cobranças de bolas paradas podem decidir uma partida e até uma classificação. Então é importante saber aproveitar isso para ter alguma vantagem sobre os adversários”, analisou.