Meio-campista nasceu na Cohab II, em Itaquera, cercado de torcedores do rival, mas garante que é torcedor do Tricolor “desde molequinho”; jogador está em alta após lesão
Reduto de torcedores do Corinthians, o bairro de Itaquera é casa também de um jogador que entrou para a história do São Paulo em 2023: Rodrigo Nestor, autor do gol do título da Copa do Brasil.
Neste domingo, ele volta ao bairro onde morou até os 11 anos para o clássico Majestoso, às 16h, na Neo Química Arena, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
– Mesmo nascendo em Itaquera, eu sou muito são-paulino. Lá tem bastante corintiano mesmo, mas eu sou sou são-paulino desde molequinho – disse o camisa 11 ao Globo Esporte no ano passado.
Nestor cresceu no Conjunto Habitacional José Bonifácio, conhecido como Cohab II, na região de Itaquera, e começou sua trajetória numa escolinha de futsal chamada Olaria, aos seis anos.
De lá, partiu para o tradicional Juventus da Mooca, onde jogou até os 12. Quando estava na categoria sub-11, foi premiado como o melhor jogador do ano de 2011 pela Federação Paulista de Futsal.
E foi com um título contra o Corinthians que o garoto chamou a atenção de um olheiro, que pouco depois levou o garoto para testes no São Paulo. Aos 11, a família foi morar na cidade de Itupeva por uma oportunidade de emprego do pai, mas Nestor seguiu com treinos no Juventus e no São Paulo, ainda em fase de avaliação. Até que, aos 12, ele foi chamado para treinar e morar no CFA de Cotia.
Aos 23 anos, ele já tem dez anos de Tricolor, com várias conquistas na base, participação no título do Paulistão de 2021 e protagonismo na conquista da Copa do Brasil. Neste ano, recuperava-se de lesão, mas viajou com o elenco para Belo Horizonte para celebrar a conquista da Supercopa do Brasil.
Com Zubeldía, entrou na equipe titular do São Paulo e voltou a ocupar a faixa esquerda do campo, com fazia com Dorival Júnior. Foi titular nos últimos quatro jogos, contra Águia de Marabá, Talleres, Cruzeiro e Internacional. Com 193 jogos, está perto da marca de 200 partidas pelo Tricolor.
– Cheguei com 12 anos na base e não imaginava que seria assim. Está sendo muito perfeito. Eu já falei essa frase diversas vezes, mas vou falar de novo porque eu acho que é algo bonito: o que vem acontecendo comigo, o que aconteceu comigo, é algo que nem quando você vai orar você pede para Deus, porque é demais, é muito perfeito. Você fica até com vergonha de pedir. Vir da base e tirar o time da fila conquistando um título inédito. Espero fazer 300, 400 jogos, é meu sonho – disse ao ge.
Globo Esporte