Bauza ressalta “identidade” do São Paulo e quer que reservas “se matem”

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globoesporte.com

Marcelo Prado

Após vitória sobre o Palmeiras, técnico tricolor garante que time não mudará padrão de jogo mesmo com desfalques e destaca trabalho para motivar os que entrarem

Bauza São Paulo X Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)

Bauza elogiou identidade do São Paulo na vitória sobre o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)

O São Paulo parece ter encontrado a tão desejada identidade de jogo. Essa é a visão do técnico Edgardo Bauza, que ressaltou a forma de jogar do time contra o Palmeiras, no clássico deste domingo, vencido por 1 a 0, mesmo com a ausência de jogadores importantes como Calleri, Michel Bastos e Hudson, machucados.

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– Trabalhamos todos os dias. Trabalhamos para que a equipe funcione, e não importa quem vai entrar. Quem entrar tem a obrigação de correr muito, se entregar, senão sai. Começamos sem cinco atletas considerados titulares (outros dois, Rodrigo Caio e Mena, estão na Copa América). Os que entraram tinham que se matar em campo, senão saiam. Com esse espírito é que estamos jogando todas as partidas – falou Bauza.

Para o treinador, os jogadores que entraram no lugar dos ausentes deram conta do recado. E é bom que mantenham a pegada para continuarem entre os titulares da equipe.

– O padrão de jogo não vamos mudar. Já disse outra vez: já temos uma identidade e vamos defendê-la aconteça o que acontecer – disse o treinador.

Veja abaixo outros destaques da entrevista coletiva do técnico são-paulino:

Lance envolvendo Denis e Alecsandro

– O que me estranha é que o árbitro não tenha dado cartão para o jogador que lesionou o Denis (Alecsandro). Não me entra na cabeça ter cortado o rosto dele em três lugares e dizer que é casual.

São Paulo X Palmeiras atendimento Denis (Foto: Marcos Ribolli)Denis tem o rosto cortado após dividida com Alecsandro, no segundo tempo do clássico (Foto: Marcos Ribolli)

Análise do jogo

– Nos primeiros 15 minutos, passamos mal. O Palmeiras saiu para nos pressionar em todo o campo e o São Paulo não atuou bem. Depois se acomodou defensivamente e, aí, começou outra partida. Uma vez que encontramos o gol, a tranquilidade ajudou que o funcionamento fosse melhor. Mas nos preocupava a velocidade (do ataque do Palmeiras) e, por isso, a equipe não ficou muito avançada. Quando perdia a bola, tratava de voltar, e a diferença de outras partidas é que não fomos disputar a bola no campo contrário, precisamente para não deixar o espaço para a velocidade. (No segundo tempo) corrigimos um problema que tínhamos com os laterais do Palmeiras. Aí sim creio que jogamos um dos melhores segundos tempos. A equipe rival era difícil.

Importância de vencer um clássico

– Foi muito importante ter ganho hoje. Fazia tempo que não vencia um clássico (desde junho do ano passado). E poder presentear a torcida com essa partida e a parte para os atletas, para que a autoestima siga crescendo. Isso é muito importante.

Dava para ter sido mais tranquilo?

– Com um pouco mais de tranquilidade e um pouco mais de boas escolhas, a partida podia ter terminado com um ou dois gols mais. Foi um sacrifício muito grande de todos os atletas. Certamente, vamos mostrar para todos eles que, se ocorrer outra vez, temos que definir a partida e não sofrer até o último minuto.