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Alexandre Lozetti e Felipe Schmidt
Ex-goleiro do São Paulo se junta à comissão técnica nesta terça-feira para auxiliar Dunga durante a Copa América, período de reencontros e lembranças de sua carreira
Sai Juninho Paulista, entra Rogério Ceni. A partir do treino desta terça-feira, em Los Angeles, a seleção brasileira terá um novo auxiliar em sua comissão técnica. O ex-goleiro do São Paulo fará parte da equipe até o fim da Copa América Centenário.
Aposentado dos gramados desde o último mês de dezembro, Ceni terá muitos reencontros em sua passagem pela Seleção. Com velhos companheiros, vítimas, algozes, amigos e até mesmo com quem lhe deu o primeiro presente de sua carreira profissional. Veja:
Gilmar Rinaldi
O coordenador da CBF ainda jogava no São Paulo em setembro de 1990, quando Rogério foi aprovado num teste no clube. Em seu primeiro treino, com uma luva comprada unicamente para aquele dia especial, o garoto de 17 anos ganhou de Gilmar, campeão brasileiro pelo Tricolor paulista em 1986, um novo par para usar em suas atividades.
Dunga
Ceni e o atual técnico da Seleção foram campeões juntos da Copa das Confederações de 1997. O ex-volante, já consagrado pelo tetracampeonato de 94, era o capitão da equipe, e Ceni, ainda em seu primeiro ano como titular do São Paulo, goleiro reserva do Brasil, ficou muito irritado quando, durante a concentração, os jogadores tiveram seus cabelos raspados. Sua reação praticamente impediu que ele fosse à Copa do Mundo de 98. O técnico era Zagallo.
Kaká
Quando o meia estreou no São Paulo, em 2001, Ceni já era ídolo da torcida. Juntos, eles ganharam o Rio-São Paulo daquele ano, e estiveram no grupo pentacampeão do mundo em 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Kaká teve nova passagem pelo clube paulista em 2014. Ambos conduziram a equipe ao vice-campeonato brasileiro.
Miranda
Um dos grandes companheiros de Ceni dentro de campo, o zagueiro conquistou o tricampeonato brasileiro ao seu lado, entre 2006 e 2008. Atual capitão da Seleção, já que Neymar está ausente da Copa América, Miranda é considerado pelo auxiliar pontual um dos melhores jogadores com quem atuou.
Rodrigo Caio e Casemiro
Duas revelações das categorias de base do São Paulo que também conviveram com Rogério. O primeiro ainda está na equipe e foi apontado pelo ex-goleiro como um possível sucessor no aspecto de liderança. O segundo, hoje importantíssimo no Real Madrid, aturou as cobranças de Ceni no Tricolor. Quando passou a ser convocado para a Seleção, disse que gostaria de agradecer aos conselhos do veterano.
Gil, Elias e Renato Augusto
Os três, pelo Corinthians, protagonizaram grandes duelos com Rogério Ceni no clássico paulista. Nos últimos anos, levaram vantagem em jogos importantes, embora houvesse equilíbrio de resultados. O volante Elias, sobretudo, sempre se destacou por marcar muitos gols no São Paulo. Agora, estarão todos do mesmo lado.
Lucas Lima
Ironicamente, foi numa dividida com o meia santista que a carreira de Rogério terminou oficialmente. Ano passado, no início de um clássico na Vila Belmiro, Lucas Lima acabou acertando Ceni, que torceu o tornozelo direito ao chutar o chão e não conseguiu voltar a jogar antes da despedida, uma festa entre jogadores campeões mundiais pelo São Paulo no Morumbi.
Ederson
O goleiro corre risco de ser cortado por uma inflamação no púbis. Se ficar no grupo, terá a chance de treinar ao lado de seu maior ídolo. Criado nas categorias da base do São Paulo, Ederson declarou sua admiração por Ceni, que até o levou a bater uma falta no futebol português, antes de se transferir para o Benfica. Rogério, vale lembrar, é o goleiro com mais gols no futebol mundial: 131.