São Paulo diz que não perdeu prazo para pedir anulação do jogo contra o Flu

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O São Paulo alega que não perdeu o prazo de 48h para o requerimento da anulação do jogo contra o Fluminense, pelo Brasileirão. A informação é do colunista André Hernan, no De Primeira.

Segundo apuração de Hernan, o Tricolor adotou estratégia jurídica diferente, baseada no áudio do VAR que comprova a irregularidade na origem do gol do Fluminense. Conforme adiantou o presidente do São Paulo, Julio Casares, em entrevista exclusiva ao De Primeira, o clube vai insistir no pedido de anulação da partida.

A súmula saiu na segunda, então seria até quarta-feira [o prazo de 48h], só que o São Paulo entrou ontem com esse pedido. Por quê? Fui buscar informações nos bastidores do São Paul, e o departamento jurídico do São Paulo até cogitou fazer esse pedido em 48h, eles sabiam dessa cláusula de 48h para entregar da denúncia e do pedido de anulação da partida. Sendo que, por estratégia jurídica nas conversas da diretoria com o departamento jurídico, chegou-se à conclusão que era melhor esperar, e o São Paulo tem argumentos de que mesmo entregando fora do prazo tem que ser julgado, porque o São Paulo tem três momentos de ação na CBF.

Logo na segunda, depois da partida, o São Paulo mandou um ofício questionando a arbitragem. Na terça para quarta, o presidente Julio Casares vai até a CBF, conversa com Ednaldo Rodrigues sobre a anulação da partida e pede os áudios — ‘queremos ouvir os áudios sem cortes, na íntegra’. O São Paulo queria o áudio inteiro, sem a edição, e fez o pedido. Não chegou, e o Julio Casares apertou o Ednaldo Rodrigues, ele pegou firme pelo que eu fiquei sabendo. E teve um terceiro momento, em que o São Paulo manda um novo ofício, mais firme, já pedindo e dizendo que o prazo estava estourado. Está tudo detalhado no terceiro ofício. Oito minutos depois desse terceiro ofício, a CBF entrega os áudios, publica os áudios. Aí quando o São Paulo tem a certeza, decide pedir a anulação da partida. Então, essa questão das 48h não é que o São Paulo deixou o prazo passar, o São Paulo tinha exata noção e por estratégia jurídica fez esse movimento.

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André Hernan

UOL