Como foi o SPFC do Zubeldia nas copas de 2024? Infelizmente parou pelo caminho por falta de gols marcados. O time teve a melhor defesa da libertadores e ficou pelo caminho.
A música do Skank diz assim: “…o meio campo é o lugar dos craques, que vão levando o time todo pro ataque”. Amigos, não adianta ter um bom camisa 9 se a bola não chegar lá para ele empurrar pro gol adversário. Analisando friamente o desempenho do nosso mais querido, encontramos falhas no ataque, não adianta escapar desta análise, ela é a verdade.
O que vai acontecer nas salas do SPFC? Inúmeras reuniões em busca dos reforços mais caros que um time pode ter: Meio de campo e ataque. Pesquisando os adversários nós muito rapidamente encontramos bons camisas 10 em todos eles, menos no SPFC, onde um segundo atacante de natureza foi deslocado para a função de tentar armar e pensar o jogo tricolor. Luciano consegue fazer isso por conta da qualidade que tem, mas não é a sua, digamos a verdade. Camisa 10 e pensador são Almada, Arrascaeta, Ganso, Veiga, Alan Patrick, Scarpa e Garro por exemplo. O tricolor não tem o craque que leva o time para o ataque e bota os caras na cara do gol e ainda faz os seus, mas é obrigatório ter.
Além disso, teremos a aposentadoria do Rafinha e a saída do Wellington, ou seja, bota na lista dois bons laterais para 2025. Com as voltas de Alisson e Pablo Maia, o clube poderá se desfazer de alguns jogadores da volância, isso está claro, coisa que vai ajudar a pagar os salários dos novos contratados.
O caminho do time até o fim da temporada é levar o SPFC para a próxima libertadores, o que significa ficar no G6 do brasileiro 2024. Se isso ocorrer o tricolor terá tido um ano sem passar vergonha e com uma taça sobre os porquinhos que tem o significado apenas da rivalidade, coisa até certo ponto importante. Lembrando que em 2023 na conquista da taça da copa do Brasil o tricolor também eliminou os suínos, não podemos reclamar muito dos tempos atuais.
É claro que isso não é o suficiente para um clube do tamanho do SPFC, longe disso, mas é um recomeço para um clube que pretende estar com as finanças saneadas em 2030, ano do seu centenário, quando, aí sim, poderá brigar com os mais organizados e saneados clubes do país e da América do Sul em igualdade de condições.
Lembremos sempre de que o dinheiro não é a solução para tudo no tricolor, sabemos disso, basta ver o exemplo do Flamengo, que possivelmente ficará 2024 e já teve 2023 sem taças pesadas conquistadas. O corredor de maratona não pode ter só saúde, precisa de muitas outras coisas para vencer. Assim é uma organização que pretender ser vencedora, começa arrumando o cofre, passa pelos departamentos e termina com elenco e comissão técnica de bom nível. Zubeldía não é meu treinador dos sonhos, não gosto do esquema de jogo dele com meio de campo mais frágil, mas sem dinheiro para melhores treinadores e jogadores, vamos com calma, afinal, outro Carpini seria demais.
O SPFC tem totais condições de chegar lá, mas antes precisa profissionalizar de vez sua estrutura, começando pela separação do social do futebol. O cara que toma conta das quadras de tênis ou da churrasqueira não pode ter voz ativa numa estrutura gigantesca que tem o departamento de futebol do SPFC, que fatura R$ 1 bilhão por ano.
Finalizando, não podemos ver a vitória sobre o time sem cor como prêmio de consolação, isso seria muito pequeno a um clube do tamanho e da história do SPFC. Foi uma vitória num clássico que deu 3 importantes pontos na corrida por uma vaga na libertadores 2025.
Salve o tricolor paulista, o clube da fé no trabalho.
Carlito Sampaio Góes