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Marcelo Hazan
Conselheiros (18) fazem moção de desconfiança ao presidente por permanência de Ataíde e críticas de assessor. Direção lamenta e vê antecipação de debate político
Um grupo de conselheiros do São Paulo protocolou na última quarta-feira uma moção de desconfiança contra o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O ato é uma tentativa de advertência formal, espécie de “cartão amarelo”, e precisa ser votado com 75% dos conselheiros (aproximadamente 180) e aprovado.
Os 18 conselheiros (veja relação abaixo) condenam a manutenção de Ataíde Gil Guerreiro na diretoria, apesar da cassação do mandato de conselheiro, e de Rodrigo Gaspar, assessor da presidência, após críticas a jogadores.
O documento de três páginas (veja a íntegra abaixo) cita o “exímio relatório produzido pela Comissão de Ética” que sugeriu as expulsões de Ataíde e Aidar do Conselho, confirmadas no dia 25 de abril após votação. O parecer carregado de adjetivações aos dois dirigentes usado como base para as exclusões foi revelado pelo GloboEsporte.com.
A diretoria lamenta a postura dos conselheiros às vésperas da decisão da semifinal da Taça Libertadores, contra o Atletico Nacional, da Colômbia, mas não teme pelo ambiente político. Aliados do presidente apontam que nem mesmo o momento do time e do clube, recuperando patrocinadores e atingindo mais de 100 mil sócios-torcedores, pacifica o bastidor. Em resumo, os diretores enxergam a moção como um ato de “tumulto eleitoral”.
Essa versão é contestada por Dorival Decoussau, ex-diretor de relações institucionais na gestão Aidar e um dos articuladores da moção. Ele nega que seja um ato político e afirma que o grupo “Força São Paulo” não tem desejo de obter cargos. Eduardo Alfano, ex-diretor de relações internacionais de Aidar e cotado para assumir o lugar de Ataíde após a briga do vice com o ex-presidente, também assina o documento.
– Não tenho nada contra o Leco, mas acho um desrespeito ao Conselho. Não queremos concorrer a nada. O caso (do Ataíde) foi julgado e resolvido. Ou acatamos as coisas corretamente do estatuto ou então vamos para o caos – disse o conselheiro.
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– Só posso dar risada desse termo “viúvas do Aidar” (expressão usada por membros da situação para definir o grupo). Não fizemos campanha e não votamos. Fomos oposição forte a ele. Fizemos parte da diretoria, mas ficamos à margem da gestão. Soubemos depois dos contratos com a Cinira (namorada do ex-presidente que viajou junto com comitiva do clube na negociação por Rodrigo Caio), não participamos diretamente – completou.
A moção contra Leco é um dos pontos do bastidor político do São Paulo. Em conversas de grupos de conselheiros obtidas pelo GloboEsporte.com, alguns deles discutem os valores dos salários de funcionários do clube. O episódio incomodou a atual diretoria, que vê tentativa de antecipar o debate eleitoral de abril.
Procurada, a direção do Tricolor afirmou que vê a moção como “tentativa de tumultuar, mas não vai se posicionar porque acha que a iniciativa, vinda do grupo que vem, não merece atenção”.
Confira abaixo os 18 nomes dos conselheiros que assinam a moção e os documentos:
Marcio Sanzi, Milton Vieira, Silvio Cassiano, Eduardo de Barros, Paulo Vasques, Olten Junior, Rodolfo Schmidt, Dorival Decoussau, Luiz Freire Junior, Odair Busoli, Danilo Decoussau, Luiz Cholfe, Ricardo Haddad, Eduardo Alfano, Jorge Afonso, Davi Lisboa, Manuel Peralta Novo e Denis Ormrod.
Cara, esses conselheiros do SP estão me dando nojo.
Deixa o Leco trabalhar, aos poucos o cara está conseguindo restaurar nossas “glórias que vem desde o passado”.
Política pura isso aí. Não estão pensando nem um pouco no SP, pois se estivessem pesando primeiramente no Clube não tratariam esses assuntos na frente dos holofotes midiáticos.
Oposição de política é sempre assim, caga na entrada e na saída. A oposição do SP hoje está toda afoita assim, quando chegar ao poder vai fazer pior que os Dirigentes que já passaram pelo Clube.
Igual a política no Brasil, a oposição cagou na tentativa de derrotar Dilma nas eleições sendo que tinham a faca e o queijo na mão pra isso. E agora estão cagando e mirando a saída, já que não conseguiram restaurar nada no país ainda, sendo que na Argentina o novo presidente com 2 meses fez o que a Cristina não fez em 8 anos.