Luiz Cunha não é mais o diretor de futebol do São Paulo. Ex-comandante das categorias de base do clube, ele assumiu o cargo no profissional em março passado.
O dirigente diz que sua saída não foi motivada por questões políticas. Ele diz que o que mais pesou para sua decisão foi a estrutura de trabalho no centro de treinamento do Sâo Paulo. Cunha tinha pressa pra resolver algumas coisas e a estrutura do clube não permitia, e isso o angustiava.
No breve período em que comandou o futebol do clube, o São Paulo teve momentos de paz raros nos últimos tempos, acompanhados de bons resultados: o clube está nas semifinais da Copa Libertadores e faz boa campanha no Brasileiro.
Cunha ainda era quem conduzia a renovação de contrato de Ganso, já que é próximos dos agentes do meia. O meia está nos EUA defendendo a seleção na Copa América Centenário e o caso ainda não teve uma definição.
MAIS PRESENTE NO CT
O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, convidou Luiz Cunha para assumir a diretoria do futebol na semana em que o o time empatou com o Trujillanos por 1 a 1, na Venezuela, e ficou com a vaga nas oitavas de final ameaçada.
A vinda dele coincidiu com as saídas de Ataíde Gil Guerreiro, então vice-presidente de futebol e alvo de pesadas críticas de um grupo de conselheiros e de torcedores, e Rubens Moreno, o antecessor de Cunha no cargo de diretor de futebol.
O primeiro ato de Cunha foi comunicar ao coordenador técnico Milton Cruz a demissão. Logo depois contratou o ex-jogador Pintado para integrar a comissão técnica.
O trabalho dele foi bem aliado com a presidência do São Paulo e trouxe paz ao centro de treinamento do clube, algo que não havia desde a gestão anterior de Carlos Miguel Aidar. Quem conviveu com ele admite que ele era muito presente no CT tricolor.
Cunha chegou a admitir à ESPN que havia “são-paulinos nadando contra o São Paulo” e que havia muitos problemas para serem resolvidos, entre eles a falta de confiança dos jogadores do atual elenco – que chegaram a fazer greve de silêncio – com a diretoria.
“Lembro que saímos de uma grande crise política e sucedeu outra, financeira. Tudo aquilo, que não foi pouco, repercutiu no CT. A paz, a natural maturação do extraordinário trabalho do Patón Bauza, a postura tranquilizadora e firme do presidente Leco e a forma amigável e muito presencial que iniciei, deram uma desestressada no ambiente”, disse em outro momento para a ESPN, ao listar o que fez o São Paulo ‘renascer’ na temporada.
Estranha a saída deste camarada, parecia que tudo ia bem, o time melhorou o ambiante nitidamente é outro, jogadores com vontade, falando em serem campeões e mostrando dentro do campo apetite. De repente contratamos um peruano que sabe-se lá que apito toca e o caldo desanda ? O diretor que capitaneava a nossa retomada se diz incompreendido e pede o boné, como assim ? Tem caroço neste angu, certeza. Três meses é muito pouco para se creditar todos os feitos a um diretor, mas também é muito pouco para um diretor se dizer contrariado, nenhum dos lados teve tempo suficiente para fazer um balanço conclusivo dos atos, pra mim este episódio cheira politica (ai entende-se vaidade e interesse).
Ao meu ver parece que perdemos uma peça importante na estrutura, perdemos um são paulino com a cabeça no lugar e que quer ver seu time de coração nas cabeças.
O Leco tem muito a explicar e o Gustavo também tem de falar.