O São Paulo já está garantido ao menos na fase prévia da CONMEBOL Libertadores de 2025, mas se tinha algum torcedor com a ilusão de que o time abrirá os cofres em busca de reforços para buscar o quarto título da principal competição do continente, isso acabou de terminar.
O presidente do clube, Julio Casares, deixou clara a postura nesta terça-feira (26), no dia que participou do Summit CBF Academy.
Mais uma vez explicando a reestruturação financeira que o Tricolor iniciará a partir de 2025, concentrando recursos para readequar seu endividamento bancário e otimizar as fontes de capital de giro, Casares citou o que vem adotando desde que assumiu a presidência, no início de 2021.
“Quando nós assumimos o São Paulo, pela herança, por toda a circunstância, no meio de uma pandemia, nós podíamos ter um caminho, que outros clubes fizeram, o próprio Flamengo e o Palmeiras reestruturaram antes para depois ter um sucesso. No caso do São Paulo era uma dificuldade, porque o São Paulo não tinha autoestima do torcedor, fazia muito tempo que não ganhava campeonato, então nós naquele momento optamos em buscar uma prioridade na luta esportiva. E a nossa gestão até então teve cinco decisões e ganhou três. Um Campeonato Paulista do Palmeiras, uma Copa do Brasil do Flamengo e uma Supercopa do Brasil do Palmeiras. Isso nos trouxe o maior público da história do Morumbi em média, a reconstrução da área de marketing, a vinda de um case como é o Morumbis e outras situações de processos e de organização interna”, iniciou ele.
“Daqui em diante, é que nós estamos através do fundo Galápagos, que é um FIDC, priorizando a austeridade financeira nesse segundo tempo do meu mandato. Eu estou no meu segundo mandato, tenho mais dois anos, então a responsabilidade é: tempos duros com austeridade sem perder a competitividade. Onde a área de futebol vai ter que ser mais criativa do que já é. Mas nós temos essa consciência de que nós apostamos no título como foi a Copa do Brasil, antes o Paulista em 21 e depois a Supercopa em 24. Chegamos em outras duas finais e não logramos êxito.”
De acordo com ele, por conta de tudo que aconteceu nos últimos anos, chegou o momento do São Paulo mudar, pensando não apenas no presente, como principalmente no futuro.
“Mas, agora em diante, a prioridade é essa equalização financeira para que em quatro anos e meio a gente consiga, com vários superávits, diminuir a nossa dívida. Então esse ano, esse déficit que será apontado, já estava dentro do nosso cenário, do nosso radar, porque nós deixamos de vender jogador. Eu me lembro que na semana da decisão, um pouco antes da Copa do Brasil, nós tínhamos propostas por quatro titulares e nós não vendemos. Se vendêssemos ali, nós experimentaríamos um superávit, mas apostamos e demos sorte de ganhar o campeonato. E hoje sim, hoje nós temos um pouquinho mais de margem para tentar ganhar competitividade, mas olhando a dívida para preparar o São Paulo para o Centenário em 2030. E também o estádio do Murumbis, que é o nosso objetivo de torná-lo mais confortável.”
Antes de pensar no futuro, o São Paulo ainda tem três jogos em 2024. Atualmente na 6ª colocação do Brasileirão, o Tricolor enfrenta no próximo domingo o Grêmio, fora de casa.
Fonte: ESPN