Futuro são-paulino se “apresenta” com pintura: “Gol do Christian Cueva”

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globoesporte.com

Victor Canedo

Camisa 10 peruano prefere não comparar gol sobre o Equador com o marcado pelo holandês Bergkamp pelo Arsenal e foca esforços na seleção antes de se transferir

Havia um motivo especial para os torcedores do São Paulo não desgrudarem do jogo entre Equador e Peru, na noite desta quarta-feira, pela Copa América Centenário, por mais que o programa não parecesse nada convidativo. Estava em campo Christian Cueva, titular do time peruano e reforço do Tricolor Paulista assim que sua seleção se despedir dos Estados Unidos.

Pois Cueva não decepcionou: logo aos quatro minutos, marcou o que deve ser o gol mais bonito de sua carreira – e até aqui do torneio – ao dar uma caneta em Achilier com um giro e deslocar Domínguez. Os peruanos saíram na frente, ampliaram, mas cederam o empate por 2 a 2, em Glendale, e precisam agora derrotar o Brasil – caso os equatorianos façam o dever diante do Haiti – para se classificar às quartas de final.

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Cueva Peru Equador (Foto: AFP)Cueva aplica a “caneta” em Achilier antes de marcar um golaço no empate entre Peru e Equador (Foto: AFP)

Foi um lance que dispensou apresentações de seu potencial. E lembrou, talvez vagarosamente, a pintura assinada pelo holandês Dennis Bergkamp, pelo Arsenal, contra o Newcastle, em 2002. Cueva é jovem, tem apenas 24 anos, mas lembrou do gol ao ponto de evitar a comparação.

– Estou feliz porque minha seleção está brigando por coisas muito importantes aqui. E agora somente pensar na seleção que é o mais importante. Não vi o lance ainda, mas além de ser um lindo gol, ou apenas mais ou menos, o importante é que pude fazer e isso me dá mais vontade de seguir lutando. É um gol de Cueva e, além do respeito que tenho pelo Bergkamp, é um gol de Christian Cueva. Marcar com a seleção é sempre muito especial – disse, em entrevista na zona mista após o jogo.

“Cuevita”, como é chamado, usa a camisa 10 e já tem responsabilidades em campo de gente grande. Apesar de franzino (1,69m e 65kg), usa a velocidade e o jogo vertical em seu favor, como aconteceu principalmente no momento em que o Peru mandou no jogo, no primeiro tempo – caiu de produção com sua equipe na etapa final, mas durou os 90 minutos. É uma ameaça principalmente no terço final do gramado, próximo ao gol.

O futebol jogado no Toluca o levou a ser incontestável na seleção – um pouco pela quase absoluta falta de concorrência –, onde atua mais pela esquerda, embora também se sinta confortável na direita, quase sempre entrando em diagonal, uma das variantes do técnico Ricardo Gareca. No São Paulo, o torcedor espera que aconteçam mais gols como este.

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